Pego-me a pensar por quais motivos não consigo ser completa. Quando estou no auge da felicidade, uma punhalada vai certamente me atingir.
E será naquele ponto mais frágil, onde Aquiles deixaria escorrer uma lágrima, se fosse golpeado.
Eu também deixo, mas é uma lágrima interna, que não se vê, mas se sente como se fosse uma lâmina afiada a cortar o coração.
Existem momentos em que queria não ter laços, sentimentos e compromissos. Pra não ver o sofrimento daqueles que amo, mas que não posso mudar. Ou posso? Deus meu, se puder, me mostra como fazer, porque penso, penso e nada me ocorre.
Às vezes finjo não ver nem sentir, mas é fingimento, e como uma máscara, hora ou outra cairá. E bem no pé, que é pra dar uma nova dor. E me fazer pagar o preço da mentira que inventei e não consegui sustentar.
Outras vezes, gostaria de ter o dom de mudar as situações que me angustiam. Se alguém que gosto está em apuros, sento e desenho a situação melhorada e pronto, começa a dar certo.Com giz de cera e papel branco faria milagres.
Mas como nada disso funciona, há dias em que acordo com o peso do mundo nas costas, como se ele estivesse sobre mim dizendo: você é culpada, você pode mudar o quadro da situação e não o faz. Nestes dias sinto pesar pela minha própria felicidade, porque tenho o que tantos procuram, enquanto que outros tão próximos a mim não vêem saída.
Numa luta insana comigo mesma, ora aceito ora rejeito àquilo que sei ser presente de Deus, em alguns momentos acabo podando minha alegria como punição por algo que nem fiz. Nessa luta saio machucada, sem saber o que fazer, escondendo o rosto no travesseiro como uma menina medrosa, enquanto a situação lá fora continua a mesma, e aqui, dentro de mim, também, fazendo feridas que não cicatrizam nem com o tempo.
Porque essa dor insiste em doer? Não sei, melhor é calar, acabo de descobrir. Falar está fazendo doer mais.
E será naquele ponto mais frágil, onde Aquiles deixaria escorrer uma lágrima, se fosse golpeado.
Eu também deixo, mas é uma lágrima interna, que não se vê, mas se sente como se fosse uma lâmina afiada a cortar o coração.
Existem momentos em que queria não ter laços, sentimentos e compromissos. Pra não ver o sofrimento daqueles que amo, mas que não posso mudar. Ou posso? Deus meu, se puder, me mostra como fazer, porque penso, penso e nada me ocorre.
Às vezes finjo não ver nem sentir, mas é fingimento, e como uma máscara, hora ou outra cairá. E bem no pé, que é pra dar uma nova dor. E me fazer pagar o preço da mentira que inventei e não consegui sustentar.
Outras vezes, gostaria de ter o dom de mudar as situações que me angustiam. Se alguém que gosto está em apuros, sento e desenho a situação melhorada e pronto, começa a dar certo.Com giz de cera e papel branco faria milagres.
Mas como nada disso funciona, há dias em que acordo com o peso do mundo nas costas, como se ele estivesse sobre mim dizendo: você é culpada, você pode mudar o quadro da situação e não o faz. Nestes dias sinto pesar pela minha própria felicidade, porque tenho o que tantos procuram, enquanto que outros tão próximos a mim não vêem saída.
Numa luta insana comigo mesma, ora aceito ora rejeito àquilo que sei ser presente de Deus, em alguns momentos acabo podando minha alegria como punição por algo que nem fiz. Nessa luta saio machucada, sem saber o que fazer, escondendo o rosto no travesseiro como uma menina medrosa, enquanto a situação lá fora continua a mesma, e aqui, dentro de mim, também, fazendo feridas que não cicatrizam nem com o tempo.
Porque essa dor insiste em doer? Não sei, melhor é calar, acabo de descobrir. Falar está fazendo doer mais.