quinta-feira, 26 de julho de 2012

E a brisa soprou novamente.

E então hoje, e ontem a brisa soprou e levou pra longe a nuvem negra que morava em cima da minha cabeça. Dias nublados não me fazem bem. Me lembram as amarguras que já vivi. Lembram de tudo o que não deu certo. Traz de volta o gosto amargo de tantas derrotas que já encarei. Dias frios, chuvosos e nublados me dão uma nostalgia que não me faz bem. Me deixam murcha. Mas ontem e hoje o sol apareceu. E a brisa da leveza soprou em mim. Só por hoje que fique de lado todas as preocupações. Que hoje, e enquanto durar o veranico no meio do inverno eu possa respirar aliviada. E lembrar que sempre, sempre, depois do inverno vem a Primavera. Aquela prima distante que nos visita todo ano e colore tudo o que vê pela frente. Aquela que ano passado me trouxe o presente maior que eu poderia receber. E que depois da visita colorida da Primavera, vem o Verão. Com seus dias que não terminam nunca, sua luz sem par, seu calor inigualável. Enfim. Depois de toda a tempestade, vem a calmaria. Calmaria essa que eu anseio muito. Lá fora e aqui dentro.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Não tá fácil. Mas tá incrível!

Nunca me disseram que seria fácil. Muito pelo contrário. Sempre me botaram medo. Do muito que se falou, pouco aconteceu. Mas coisas que ninguém nunca alardeou estão acontecendo.
Um dia de 24 horas com dedicação total não está bastando. A impressão é que sempre fica algo por fazer. Ou é uma brincadeira a menos com o baby ou é a louça que fica na pia pra depois. E esse depois, sabe-se lá quando vai ser. A hora de sair de casa deixa mamãe estressada. Tanta coisa pra pegar, colocar na bolsa, troca de fraldas, choro porque bebê não quer esperar, mamadeira, frasqueira térmica, talher, sopinha, água, suco, bolachinha, bebê suja fralda de novo, ufa! (É perseguição, só pode. Ele adivinha que vamos sair e dá um show de cacas.)
Mas mesmo com tudo isso, algo mágico tem acontecido. São 10 meses de vida e PL está cada dia mais esperto e apaixonante. Já tem posição preferida pra dormir. Adora roer maçã e bolachinha de aveia. Mas parece que enjoou de banana. (que triste...). Não costuma chorar quando cantam parabéns perto dele. Agora ele tem um olhar diferente sobre o mundo que me deixa emocionada. Tudo parece especial aos olhinhos do meu desbravador. O estacionamento do shopping o faz prestar a maior atenção. Vai sentadinho no carrinho observando tudo e todos. Distribui sorrisos. Ama crianças pouco maior que ele. Presta atenção aos detalhes. Os mínimos. Anda numa inquietação danada. Se rasteja pela sala, rola pela cama (rola até demais, vide post anterior). Não tem mais meias limpas, todas ficam encardidas. Aliás, foi-se o tempo em que lavar suas roupas consistia em colocar na máquina com um sabãozinho especial pra roupa de neném. Esse sabão não faz mais nem cócegas na sujeira das meias e calças. Agora antes da lavagem tenho que deixar de molho. E esfregar. Muito. 
Ele fala o tempo inteiro numa linguagem própria dos pequenos. É mamã, papa (que pode ser papai ou papá de comida - depende do contexto), tetê, entre outros vocábulos primários. Mas ontem eu tive certeza do raciocínio e entendimento dele. Eu estava tentando ensiná-lo a beber de canudinho e ele nem aí. Eu disse : - Olha filho, você chupa igual ao tetê. E qual não foi minha surpresa quando ele me olhou e repetiu: - Tetê! E eu tive certeza que ele começa a entender. Pode não obedecer, mas entende. Quase chorei de emoção. 
E agora nossa contagem regressiva é para o primeiro aniversário. Foi um dilema, mas já foi decidido. Mamãe é só ansiedade. Acho que os convidados vão sair mais gordinhos da festa, de tanta bobagem que eu quero oferecer. Rá!
E assim vamos indo. Enquanto ele dorme ali na cama, eu respiro um pouquinho e aproveito pra escrever. Que fique registrado tudo de importante pro meu filhote. Pra que eu nunca, nunca esqueça. E se esquecer, que estes registros venham me lembrar. 

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Os 10 meses e a tomografia.

Pois é. Bebê ontem completou 10 meses. E o presente foi uma tomografia. 
Eu explico:
Mamãe zelosa tava ali na cama dela trocando uma fraldinha de cocô super power. Daqueles que sujam a roupa. Troquei. Sentei a cria na cama e dei a pomada pra ele se distrair. Fiz um bolinho da roupa suja e virei as costas pra colocar no balde. Dei 3 passos. Joguei a roupa e voltei 2 passos. Mas ainda faltava um passinho pra alcançar o baby, que nessa hora mergulhava de cabeça no chão. Jogou a tal pomada e resolveu voar pra pegar. Complexo de homem-aranha talvez. O fato é que bateu a testa e o nariz. Mamãe pegou, chacoalhou, beijou, sentou porque as pernas ficaram moles e não me obedeciam. Liguei pra vó, levei a cria pra tomar um ar, e quando minhas pernas recobraram a força, lá fomo nós pro PS. De novo e mais uma vez (tô sócia do hospital).  
Feitos os exames, tudo certo. Eita coquinho duro tem esse moleque.   No final da tarde enquanto esperávamos a médica nos liberar, PL fazia tanta bagunça na sala de espera que as pessoas deviam se perguntar o que que esse molequinho fazia no hospital, porque não tinha a menor pinta de doente. 
O fato é que algo estranho aconteceu. Meu filho caiu, ralou o nariz, foi pro hospital e eu NÃO me senti culpada. Notem bem: EU NÃO ME CULPEI. Não me martirizei como sempre faço. Porque se ele espirra eu acho que a culpa é minha que não agasalhei. Se passa meia hora do almoço dele eu acho que o menino vai morrer de fome por minha culpa. Mas sei lá o que houve, no tombo eu fiquei certa de que ele é só um menininho cheio de energia, rastejante-quase-engatinhante que me dá trabalho o dia todo. E eu sou uma simples mortal com 2 olhos e 2 braços. Humanamente incapaz de estar em todos os lugares ao mesmo tempo. 
Claro que eu sei que tenho que evitar essas coisas. Tombo é coisa séria. Mas isso não faz de mim uma monstra. 
Acho que o tempo tá me fazendo ver a situação de um ângulo melhor. Ou isso, ou enlouqueci mesmo e esqueceram de me avisar. 

P.S - Parabéns Filhão!!!!!!!!! Rumo ao primeiro aniversário!!!!!!! Amo-te!!!!!!!!!!!!!!