quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Essa noite você me assustou!

(Reblogagem - Post originalmente escrito e publicado em 22.06.2008 - no blogue "Sopa de Letrinhas da Tati" - texto transcrito sem alterações, tal qual foi criado).


Essa noite você me assustou. Acordei e não sabia ao certo onde estava. Logo me lembrei. Estou em minha nova vida, nova casa, nova cama, e neste momento até eu sou nova, sou outra.
Paro e penso em tudo o que aconteceu. Tudo mudou em tão pouco tempo, chego a ficar zonza, embora esteja feliz.
Ainda lembro do que pensei quando voltei do nosso primeiro encontro: “Menina, você não aprende. Vai quebrar a cara de novo, parece criança”.
Hoje me pego pensando em como serão as nossas crianças, fazendo planos que nunca antes imaginei, nem nos melhores sonhos.
Tudo que vivemos tem gosto de novidade, e aos olhos de muitos parece loucura, mas cada detalhe desta nova vida me faz feliz: Dormir e acordar juntos, dizer “Eu te amo, vai com Deus” cada vez que vai ao trabalho, sentar para jantar e ouvir como foi seu dia, contar o meu, e chegar à conclusão de que é bom estar em casa, finalmente. Louça lavada em dupla, compras no mercado, contas a pagar, filminho com pipoca no sábado à noite, tomar banho junto, perder a hora do trabalho, chocolate de sobremesa, caixas e caixas de cereal, roupa manchada na máquina de lavar, ataque de riso pra comemorar o quanto estamos felizes.
Vivo uma fase de descobertas, que às vezes são estranhas, confesso que me assusto com tanta novidade.
Todos dizem, “aproveita, isso passa...”, mas prefiro acreditar que conosco será sempre assim, perfeito.
Perfeito porque felicidade não exige grandes eventos, ou solenidades...Ela se encontra nos pequenos detalhes de uma vida corrida e agitada como a nossa.
Quando perguntada se estou feliz, sinto vontade de responder: “olha, mais um pouco e saio flutuando”.Tantas coisas busquei no mundo, e nada achei, até que vi em você aquilo que tanto ansiei: nossa vidinha, tão nossa, tão apaixonada, tão saborosa, e abençoada por Deus, que é o mais importante.
Essa noite você me assustou, e depois me confortou, e eu espero que continue a fazer o mesmo em todas as noites de nossa vida.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Pernas, pra que te quero?

Que ele nasceu ontem, todo mundo sabe. Que a vida passa muito rápido, também. Clichê maior não há. Mas também não há verdade maior.
 Ainda ontem ele só podia se locomover em meus braços. E agora ensaia os primeiros passos. Os primeiros de uma vida toda. Caminha todo malemolente (leia-se desajeitado) rumo à independência.
Aconteceu como deveria ser. Enquanto todos perguntavam se ele já andava, eu sorria amarelo e dizia que não. Pedro Lucas gostava de se apoiar nos móveis, de se arrastar, de andar segurando nossas mãos, mas não fazia nem menção de andar. Até que semana passada estava em pé apoiado no sofá. De repente olhou para o rack, avistou algo interessante e zás. Um, dois passinhos e chão. Caiu sentando. Mamãe comemorou como final de Copa do mundo, bebê não entendeu nada e passou. Não tentou mais. Achei que tivesse sonhado aquilo. Quando uns dias depois, ele voltou a tentar passinhos. Mais um, dois, três e agora vários. Ainda durinho como um robô, mas está avançando cada dia mais. Cai e levanta. Tenta de novo. E de novo. Quando cansa, se arrasta. E é assim que tem que ser filhote. Um passo de cada vez, e sempre avante. Tudo na sua vida será conquistado assim. E você começou muito bem.
Parabéns meu querido. Orgulho maior não pode haver nessa vida!


domingo, 28 de outubro de 2012

Busca Implacável 2

Imagem aqui


Pra quem assistiu o primeiro (EU!!!) e gostou (EU!!!!), a continuação da história de Bryan Mills é sensacional. Muita ação, tiro e pancadaria. Mas agora o filme conta com muito mais detalhes do que o primeiro. Também conta com furos no roteiro,claro. Mas pra que se importar com as brechas na história quando se tem Liam Neeson novamente fazendo um macho alfa encantador? Kim, a filha mimada, continua mimada,rs. Mas no decorrer do filme ela assume que filho de peixe, peixinho é, e é passa a ser uma peça importante na história. 
Enfim, eu gostei muito e recomendo. Mas vale lembrar que o meu gosto é peculiar. Eu me amarro em Bruce Willis e seu John McClane eterno, amei o Bryan Mills do Liam, gosto de homem forte no controle da situação, do velho e bom clichê de filme americano. 

Ah, eu falei sobre o primeiro filme, Busca Implacável, lá no Sopa de Letrinhas, meu antigo blogue. Quer ler? Clica no link. 

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Começar de novo...

Eu já recomecei muitas vezes na vida. Acho que recomeçar é inerente ao ser humano. Todo mundo, vez ou outra, recomeça. 
Um amor que se foi, um amigo, uma morte, um emprego, uma decepção, e lá vamos nós recomeçar. Então que seja. 
Quem me conhece sabe que há anos eu escrevia no blogue "Sopa de Letrinhas da Tati". Foram bons momentos. Mas algo ali me incomodava. Demorei para perceber o que era. De repente, caiu a ficha: minha vida mudou. E meus escritos se perderam ali. Tudo o que tenho naquele blogue foi escrito em outro momento. Vivia uma  fase diferente. Ótima. Mas que passou. Tentei reorganizar as coisas por lá, não funcionou. 
Então aqui estou. Tal qual na vida, quando fico confusa preciso recomeçar. Parar e esquematizar. Retomar o controle. 
E esse blogue será o ponto de partida da nova etapa que vivo. Quem veio de lá, tanta gente querida, fique à vontade. Para os novos visitantes, idem. Entre, conheça, exponha suas ideias. 

E para embalar esse momento, "Começar de Novo" (Ivan Lins): 


quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Mitos e verdades da (minha) maternagem.

Encomendar um baby em tempos atuais é ser bombardeada com zilhões de informações. Mães e avós com seus conselhos do tempo do guaraná com rolha; amigas do trabalho; da faculdade; dezenas de blogues maternos seguindo diversas linhas (e se deglandiando com suas verdades absolutas); mais uma porção de sites que prometem ensinar tudo e ainda pediatras também detentores da verdade, enfim, não faltam opiniões pra mamãe de primeira viagem. O resultado disso é uma sopa de letrinhas em alemão. Confusão, compras desnecessárias, noites mal dormidas e claro, dúvidas.
Eu passei por isso também. E hoje, quase 13 meses depois que Pedrão veio ao mundo, já tenho muitas observações sobre a tal maternagem. Embarque comigo:


Parto normal: Eu quis, me informei, informe a médica, que respeitou, me preparou e tal. Fui para o hospital com contrações a cada 10 minutos em média, e uma dor constante que quase não podia colocar o pé no chão, com 40 semanas de gestação. Mas sem bolsa rompida e sem nenhum "dedinho" de dilatação. E bebê não estava encaixado. Mediante a isso, a médica que me atendeu no plantão disse que nem internar assim eu poderia. Que o parto normal poderia demorar mais de 24 horas. Na boa? Eu não peitei. Estava com muita dor, com muito medo e aquilo era só o começo? Eu saí de casa achando que a cria tava com a "cabeça pra fora" de tanta dor que sentia. E nem um centímetro dilatado? Eu frustrei muito, me achei fraca e tals. Mas logo depois esqueci de tudo, porque meu filho estava chegando. E daí que eu sonhei com o dia que minha bolsa estourasse? E daí que eu sonhei em ir para o hospital com o bebê já nascendo? Sonho é sonho, vida é vida. Nada de militância, nada de ser xiita. Só queria ter meu filho nos braços. 

A Cesárea: Tenho a sorte de contar com uma médica excelente, e portanto meu "parto" ou cirurgia, como queiram chamar, foi muito tranquilo. Recuperação idem. Não tive complicações, segui as recomendações e só me sobrou mesmo uma marquinha pequena, lá onde o biquíni cobre. E pronto. Sem mais delongas. 


Protetor de berço, o inimigo mortal : Eu li demais a respeito do perigo de sufocamento do bebê pelo protetor de berço. Ele se enrosca, machuca, sufoca e morre! Mesmo assim, eu comprei. E usei. E aprendi que não é tão ruim assim. Bebê nunca chegou perto de se enroscar no protetor. Antes disso, quando ele começou a se remexer feito um doidinho, o protetor amorteceu alguns baques do bebê contra a grade do berço.

Cobrir o bebê: Vale o mesmo comentário acima. Eu sempre o cobri e nunca, nunquinha ele cobriu a cabeça e passou perto de sufocamento.

Termômetro de água para o banho: Eu nunca comprei. Até pensei no caso, mas desisti. E um dia, bebê ainda era RN eu pedi que marido preparasse o banho. E antes de colocar o bebê na água eu mergulhei a mão e de imediato disparei: - "Tá quente. Mistura um pouco de água fria." - Sei lá como, mas eu sabia. E marido perguntou se meus dedos haviam virado termômetro. 

Amamentação: Sempre defendi e quis muito. Amamentei até os 6 meses do bebê, mas entrei com complemento 1 vez ao dia quando ele tinha 2 meses. Sofri na ocasião do complemento, sofri no desmame. Mas superei. Mesmo assim, filhote sempre foi forte e saudável. Posso não ter amamentado até os 15 anos da criança, mas sim, eu tenho um tourinho saudável. E isso me basta. E preciso ser realista. Amamentar não é fácil. Requer dedicação e desprendimento demais. Requer noites de sono, dias de vida, requer abrir mão de uma série de coisas. Eu curti, mas acabou. E foi como tinha que ser. 

Desenvolvimento do bebê:  Ta aí uma coisa que gera comentário, polêmica e chatice. Quando a criança chega todo mundo se acha no direito de te contar uma experiência, e meio de leve comparar o seu bebê com o dela. É o primeiro dentinho, o sentar, o falar, o engatinhar, o andar...baita coisa desagradável. Eu acredito piamente que cada criança tem seu momento. Nenhuma é igual. Se você deu feijoada para seu bebê com 4 meses, não significa que eu devo dar para o meu. Se o dentinho do seu bebê nasceu antes dos 5 meses, sorte (?) sua! Eu não gosto nem um pouco que fiquem comparando meu filho com nenhuma outra criança. Ele faz tudo quando estiver pronto pra fazer. E fim de papo. A comparação do momento é sobre o andar. Pedrão com 13 meses ainda não anda. E todo mundo quer adivinhar que "logo ele vai andar, tá todo durinho", ou "com quanto tempo ele andou? Ah, ainda não anda?..." Gente, VAI CATAR COQUINHO NA DESCIDA. 

Cama compartilhada: No início eu achei necessário. Depois de umas 3 noites já em casa, sem dormir, com bebê acordado, mamando ou chorando a noite inteira, eu me rendi. Cama compartilhada. E dormi de novo. Quanto prazer. E assim permitimos, marido e eu, que bebê ficasse na cama conosco. Aos poucos fui introduzindo o berço. Sem traumas. Pra ele. Porque pra nós, vários traumas. Pedro Lucas é folgado e espaçoso. Bate, chuta, mexe e remexe a noite toda. Conforme foi crescendo a coisa complicou. Se ele dorme conosco hoje, quem não dorme sou eu. Então, berço nele. Claro que em algumas situações (doentinho) é preciso ficar pertinho da mamãe, e eu até prefiro. E em outras, ele declara que simplesmente não quer ficar sozinho no quarto dele. Chora e fica de pé no berço. Berra. Berra mais. E eu me rendo. 

Eu podia ficar aqui discursando sobre tanta coisa, mas tanta coisa....só que vai ficar um texto enorme. 
Então...sintetizando só pra não esquecer: 

Chupeta: Bebê chupa sim. Acalma. Me ajuda. E assim que ele estiver mais maduro, tiramos. Nunca atrapalhou amamentação nem alimentação. 

Sapatos: Eita...Eu acredito que bebês não precisam de sapatos. Agora, com um aninho completo e quase andante, é que Pedro está usando os primeiros sapatos. Quando era cotoco, vivia de meias. (E mamãe era criticada, claro). Ainda hoje, se estiver calor ele fica descalço. Acho que dá maior firmeza pra ficar de pé e arriscar os primeiros passinhos. 

TV: Filhote assiste desde pequeno. Pra entreter mesmo, enquanto eu preciso realizar alguma tarefa. Sozinha com a criança o dia todo é impossível não apelar para a TV. Eu só controlo o que ele assiste, claro. alguns canais infantis eu risquei da nossa programação. Invisto em DVDs, amo Palavra Cantada. Pedrão gosta também. Mas ama mesmo é Patati e Patatá. E contrariando o movimento, ele não liga a mínima para a tal Galinha Pintadinha. Despreza mesmo. 

Já ficou enorme...e eu vou ficar por aqui, senão não paro de falar. 

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O lugar de cada coisa...(Por: Pedro Lucas)

Mamãe disse que essa mesinha alta de vidro chama-se "aparador". No passado ali em cima ficava somente um potinho de colocar as chaves, e eventualmente uma carteira ou bolsa pequena. Mas tava sem graça nenhuma, então eu mudei tudo. Sabe o notebook? Então. O aparador é o único lugar que o livra das minhas mãos. A base do telefone sem fio eu também mudei. Poxa, todo mundo deixa em cima do rack. Eu joguei atrás do móvel. Pronto. Então se você ligar pra minha mãe e der caixa postal, não se preocupe. Deve ter acabado a bateria do telefone, e mamãe não achou o carregador. 
O papai também é corta onda! Ele percebeu que eu aprendi ligar e desligar as coisas. Agora ele retirou da tomada a impressora, o Nintendo e o aparelho de DVD. De modo que eu não posso mais ligar e desligar aquele monte de luzinhas vermelhas atrativas. Cara chato esse papai. 
Mas eu não deixei barato. Agora eu espalho brinquedos pela casa toda. E descobri um lugar muito legal. A lavanderia. Maior barato legar os brinquedos pra lá e estacionar meus carrinhos. Mas tem uns potes lá que mamãe disse que é veneno. E agora ela vai tirar debaixo do tanque. Disse que vai por na prateleira. Acho que é a "cândida"...algo assim. Ela também corta minha onda. Mas eu sempre invento outra coisa. Agora resolvi espalhar bloquinho de montar pelas gavetas todas. É muito engraçado. Mamãe abre a gaveta da cozinha, acha um bloquinho, abre o gavetão do banheiro, e lá está outro bloquinho. É a caça ao tesouro do PL. Rá!!!!!
Sem falar nas meias do Patati & Patatá que eu ganhei. Achei dentro do meu armário e resolvi brincar com elas. Ando pela casa com as meias na mão. 
E assim vamos indo. Todos os dias eu ensino a minha mãe uma nova lição sobre decoração. E ela? Tá ficando doidinha. hihihihihihi!!!