quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Era uma vez os cachinhos!

Quase esqueci de anotar que meu bebê não tem mais cachinhos. Foram decepados. Aniquilados. Jogados ao chão sem dó. Aliás, eu acho que agora nem tenho mais um bebê, tenho um homenzinho. 
O fato é que a cabeleira de filhote deu vários saltos de crescimento. Ele ostentava cachinhos enormes. E o calor chegou forte por essas bandas. E o povo na rua começou a pensar que o menino era menina. Gente desatenta. Porque o garoto tem a maior cara de HOMEM. Sobrancelhas quase "monocelhas". Roupas de molequinho, quase nem usa body, (mamãe chora por isso) só camiseta e bermuda. É bruto como todo machinho. Não faz carinho, dá tapas. E o povo ainda chamava de menina. $%#%¨(&¨%$!!!!! 
Bom, o fato é que papai queria cortar o cabelo do menino. Eu protelei a decisão o quanto pude. Mas né...o voto do pai também tem que contar. Então vá lá. Vamos cortar. Pensei em deixar os dois sozinhos nessa empreitada. Depois achei que baby poderia fazer escândalo e resolvi ir junto. 
Sábia decisão. A criança fez uma cena digna de novela. Berros, escândalo, choro, porradas no cabeleireiro e litros de lágrimas que se misturavam com os cabelinhos que caiam. Uma festa da paçoca. 
Até tentei fotografar, mas a coisa foi tensa e desisti disso. 
E agora eu tenho um menininho com cara de menininho. Que já teve o primeiro corte de cabelo. E nunca mais vou enrolar os dedos nos cachinhos dele. Pode rir, mas eu sofri. Por isso eu queria um bebê careca. Assim, só cortaria o cabelo lá pelos 15 anos. Quando eu já tivesse mais conformada com a passagem do tempo. Hunft!!!!!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Natal do passado, do presente e do futuro!

Eu não gosto da nostalgia que algumas pessoas sentem no natal. Gente que sempre acha que o passado foi mais feliz do que o presente, gente que vive apegada a lembranças do tempo que já foi, que se emociona não com o que tem, mas sim, chora pelo que já foi. Enfim. Acho que saudosismo tem limite, e prefiro acreditar que cada final de ano é bom de alguma forma. É o fim de um ciclo, e começo de outro.
Fiquei pensando sobre isso e concluí que todos os natais que vivi tiveram sua magia. Tiveram alegria, tiveram lágrimas (de felicidade e de tristeza). Todos foram especiais. E o desse ano também será. Assim como todos os outros que virão. 
Lembro-me com emoção dos natais da infância. A casa da minha vó cheirava comida natalina e gostosa. Mesa farta era o que tínhamos. Um dia, achei uma minibicicleta escondida atrás da cortina do quarto da minha vó. Era pra mim. Fingi que não tinha visto. 
Eu não lembro quantos anos tinha, mas um dia, meu tio se vestiu de papai noel pela primeira vez. Foi uma festa. Os vizinhos compravam os presentes de seus filhos e levavam pra casa da minha vó. Na noite de natal, meu tio todo paramentado recebia a criançada da rua para entregar os presentes. Uma fila enorme. Quando isso acabou, ainda durante muitos anos ele se vestia de noel pras crianças de casa. Até que eles (nós) crescemos. 
Lembro também dos primeiros natais depois que minha vó se foi. Não foram muito alegres. Mas eu achava, e ainda acho, que devemos sempre caminhar pra frente. Tínhamos crianças. E elas mereciam continuar vivendo o natal. Mesmo que a família estivesse triste. 
Nessa época, começamos uma nova tradição. O amigo-secreto familiar. Fabrício, meu primo, era pequeno ainda e olhava pra gente e falava: "-Você quer saber quem eu tirei? eu conto!"  "-Não, Fabrício! não quero saber." "-Mas eu te falo." "-NããããO".
Esses eventos são muito engraçados. Porque todo mundo sabe quem todo mundo tirou. 
Certa vez, tivemos o natal do vermelho . Minha mãe montou um presépio debaixo da escada. Era papel imitando pedra subindo pela parede, pela escada, rs. Mas as peças do presépio eram minúsculas. Então nós entrávamos na sala e gritávamos: "Vermelhoooo" - rs, era uma alusão a uma promoção do MMs, lembra?.
Aliás, nesses presépios da minha mãe, eu sempre sequestrava o menino Jesus e escondia, porque achava que ele só podia ir pra manjedoura depois de nascido, ou seja, no dia 25 de dezembro. E ela (minha mãe), achava o menino e devolvia no presépio, e minha irmã escondia de novo...e assim a coisa ia, dezembro a dentro.   
Quando eu me casei, logo depois, andava por uma loja dessas de departamento e marido e eu encontramos enfeites de natal expostos. Foi um lampejo duplo. Compramos nossa primeira árvore. E decidimos que dali  até o natal, compraríamos presentes para nós mesmos (rs) para colocar debaixo da árvore. E desse ano em diante, todo presente que compramos, pra todo mundo, ia pra debaixo da árvore. Até esse ano, porque agora eu tenho um bebê andante. Que fuça, mexe, rasga embrulhos, enfim. Não rola mais presentes enfeitando a árvore. 
Esse ano temos o bebê que já entende muita coisa. Ele já ganhou presente antecipado. Mas vai ganhar muito mais, eu posso apostar. Ele e meu sobrinho são a nova geração da minha família. São o sopro de alegria e renovo. São a promessa de novos natais alegres. Por eles nós mantemos tradições e criamos outras. Porque eu tenho certeza de que criança em casa é promessa de que novos rituais natalinos se farão. Até já posso prever esses dois menininhos fuçando atrás das cortinas atrás de uma bicicleta. 
Sendo assim, só posso concluir que natal feliz é sempre o presente. 
Então, pra mim e pra vocês, eu desejo o melhor natal do mundo. Até que chegue o próximo! 

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

O bebê, a mamãe e os últimos acontecimentos.

* Lá vão papai, filhote e mamãe ao shopping na tradicional compra dos presentes. Como já é de costume, pai por um lado, mãe por outro pra que um não veja o presente que o outro comprou. Depois se encontram  e olham bem pra ver de que loja é a sacola  e levam tudo junto pra casa. Este ano mamãe ficou encarregada que levar o bebê, que ia serelepe no seu possante azul. Presente do papai comprado, "olha filho...um presente pra vovó", entramos na loja..."olha baby, uma sunga pra você"...."nossa que cara, vem, vamos encontrar o papai". Até que "BUM"!! O lugar fica simplesmente no escuro. Sim. Shopping center em meados de dezembro, final de tarde, super cheio, num calor desértico, ficou sem energia. Mamãe, que nem tem medo de escuro, imagina, se ajoelha em frente ao bebê, dá um abraço nele e diz: "- Calma filho, vai ficar tudo bem, papai já vem encontrar a gente" Oi???????? Bebê não entende nada, continuou na dele, as luzes de emergência começaram a acender e papai apareceu. E mamãe parou de tremer.

** Levei Pedro Lucas para tomar banho de piscina no prédio. Com sua super boia em formato de fusquinha. Um barato, ele adorou a curtição. Até que percebeu que os meninos maiores que ali estavam, não usavam boia como ele. Pediu pra sair, (deu os bracinhos, quem é mãe entende). Eu, burra, tirei o menino do artefato, achei que ele queria sair da piscina. Pronto, quando se livrou da boia começou um escândalo pra ir no chão, e uma vez que ganhou o chão, queria acompanhar os outros meninos. Posso com isso?

*** Pedrão também decidiu que não precisa escovar os dentes. Nem os seis que ele já tem, nem os dois que estão nascendo essa semana e nos enlouquecendo. Escova de dentes virou inimiga mortal da criança. Ele joga longe, grita, chora, esperneia. E eu, enlouqueço. Sentar e chorar define. 

Bibi....sai da frente!
**** Ele também anda meio rebelde no quesito comida. Come pouco, desfaz do que eu preparo. E pra completa frustração desta que vos escreve, quando vê um pote de papinha Nestle, ele pira. Pede enlouquecidamente. Não era pra ser assim. Esses potinhos são somente quebra-galho, num momento em que eu não posso dar comida decente. Ele devia desprezar os potinhos redondos cheios de gordura e sal. DROGA!!!!!! Onde foi que eu errei? 

***** Ah, criança me deu uma cabeçada num dente que me rendeu uns quatro dias de dor. Cheguei a pensar que o tal ia amolecer e eu ia ficar banguela. Sério mesmo. Fui ao dentista, ele olhou, disse que não tinha sido nada, mas que a criança devia ter machucado a cabeça. "Que nada doutor, nem se dignou a chorar." Eita cucoruto duro!!!!!

****** Teve também a caixa com o presente de natal do baby. Estava de bobeira em cima de um móvel baixinho, o moleque olhou e zás, numa rapidez incrível, jogou no chão e rasgou um pedaço do papel. Só escutei um grito: "Corre amor, ajuda aqui!" Quando cheguei na sala, marido lutava com bebê pra que ele soltasse a caixa e não visse o que era. Porque se visse, ah...ninguém tirava dele. 

Esse é o meu garoto...e seus pais, lutando pra manter a sanidade. Rá! 

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Como diria Kátia: "Não está sendo fácil!"

As coisas não andam fáceis por aqui. Bebê anda num ritmo frenético de mudanças que estão me deixando louca. Em alguns momentos dá vontade de sair gritando e correndo pela rua. 
Eu não sei se o problema é a criança ou a mãe. Já não sei mais onde termina um e começa outro. O fato é que estou muito angustiada por ficar em casa o dia todo. A rotina de "dona de casa + mamãe" não me deixa feliz. Pronto, falei. É isso. Que Deus me perdoe se for pecado. Mas eu me sinto frustrada. Pequena, incapaz. Incompleta. Já deixei de ler blogues de mães felizes porque fico me achando uma aberração. Muitas vezes eu protelo a saída da cama. Porque sei que quando acordar, acabou o sossego. Tal qual cachorro, vou correr atrás do rabo o dia todo. Nem bem cuido da criança, nem bem cuido da casa. Tudo fica mal feito. Eu gosto da minha casa organizada, mas hoje ela passa longe disso. Lavar a louça da pia é uma tarefa pra mais de uma hora. E isso com um bebê pendurado na perna, se debatendo na cozinha minúscula. O Patati & Patatá aparece tanto na minha TV que me dá vontade de tacar um sapato nela. Pra ver se eles somem de uma vez. Mas reconsidero. Eles pelo menos fazem a cria ficar 10 minutos entretida. 
Nos últimos dias bebê está particularmente irritado. Não tem motivo aparente, (só mesmo um dente novo apontado) mas está agitado, não dorme, quando o faz, é na minha cama. Acorda 20 vezes, chora, não quer comer, só quer ficar nos braços. Li sobre um salto de desenvolvimento próximo da semana 64, ou algo em torno dos 15 meses. E adivinha quem fará 15 meses segunda-feira, dia 10? O próprio. Espero que seja só um pico mesmo. Uma fase. Porque eu estou exausta. Desistindo de verdade de pensar na ideia de outro filho. Fico achando que decidi pelo primeiro filho velha demais. Deveria ter tido antes, quando tinha mais paciência. Mas sei lá....paciência nunca foi meu forte. Acho que nunca vai ser. 
Hoje, tá tudo confuso. Tá bom não. 
Eu não decidi ainda sobre o que é esse texto. Acho que sobre nada. Só um amontoado de reclamações. Que dentro de alguns dias, vão me causar vergonha. Estou escrevendo sem pensar. Sem conferir. Pontuando de acordo com meus pensamentos. Deixa assim. 

P.S - A Kátia referida no título é uma cantora. Sucesso nos anos 80, cantava uma música com essa frase: "Não está sendo fácil...viver assim..." E não é fácil mesmo...mas quem disse que seria não é????