sexta-feira, 21 de junho de 2013

#Protestomaterno! Eu aderi!!!!

Vendo o movimento pela net sobre o #protestomaterno, resolvi aderir. Sim, eu sei que sou uma blogueira pífia. Já fui melhor, já me dediquei com afinco. Hoje, já não tenho o mesmo gás. Não tenho mais muitos leitores, mas  acho que como cidadã que sou, preciso deixar minha contribuição. 
Meninas que organizaram o Protesto Materno, aqui vai minha contribuição! 


Sempre fui de fazer barulho. Inconformada com o comodismo e amante da perguntinha clássica: "Por que?".
Busquei meus direitos como pude. Na escola, enfrentei professores ditadores e senhores da razão. Questionava, queria mais. Certa vez, uma professora disse que meu mapa estava bom demais e que não devia ter sido feito por mim. Eu estava na quinta série. Fiz uma bagunça tão grande, que a professorinha me pediu desculpas perante toda a turma. 
As questões políticas sempre fomentaram em mim opiniões fortes. Eu ainda era criança, mas me lembro de ter ficado muito orgulhosa com o movimento que ajudou a derrubar o então presidente Fernando Collor. Mas sempre achei o que o Brasil é feito de um povo muito acomodado. Que vive em mazelas, mas está sempre tudo bem. Povo preguiçoso mesmo. Que aceita esmola pra não ter que ir à luta. Povo que não se informa, que aceita o que a mídia põe na TV e tá tudo bem. Mas acredito que isso aconteça por um looping eterno. O cidadão levanta de madrugada, luta o dia todo, pega ônibus lotado, ganha um salário ridículo, mal sobrevive, vai lá ter tempo de lutar pelos seus direitos? Entramos aí no tal looping. Já não se sabe o que nasceu primeiro. As mazelas, ou a preguiça de lutar.
Sempre achei também, que a chave pra mudança disso tudo chama-se JUVENTUDE. A força e o idealismo da juventude podem (e estão) fazer a diferença. 
Uma juventude que agora, em meados de 2013, resolveu ir às ruas e bradar pelos seus direitos. É isso!!! Vamos bradar. Vamos deixar de lado essa passividade e dizer que basta de uma minoria comandar a maioria. Chega de roubar o que é do povo. Vamos pedir por transparência. Se cada cidadão, jovem ou não, tiver em mente que deve lutar pelos seus direitos, seja nas ruas, seja nas urnas, o país pode sair dessa muito mais fortalecido.
O meu clamor aqui, é para que a população que está se manifestando não perca o foco. Antes de lutar, é preciso saber porque lutar. 
Contra a PEC 37? Ótimo. Saiba o que é PEC. PL? Saiba o que é PL, não saia apenas compartilhando nos seus murais de rede social. Informação é a arma mais letal que um povo pode usar contra a corrupção. 
Quero um dia poder contar ao meu filho tudo o que está acontecendo hoje. Quero dizer o quanto me emocionei ontem, quando vi um bando de policiais atirando contra um manifestante segurando uma bandeira branca, lá no Rio de Janeiro. Quero dizer ao meu filho, que a violência que se infiltrou no movimento era minoria, e que ela foi derrotada pela massa que prefere a paz! 
E quero principalmente, dizer que tudo o que vivemos neste junho de 2013, foi o que deu início aos tempos de um Brasil mais justo, que ele viverá. 
Filhote, mamãe deseja que você e todos os filhotes dessas mamães unidas possam se orgulhar do que o nosso povo faz hoje! 

domingo, 2 de junho de 2013

O que é que eu fui fazer?

"O que é que eu fui fazer?" - Atire a primeira fralda descartável a mulher que nunca, nunquinha na vida materna pensou algo parecido. E deixemos de lado a perfeição tão pregada e alardeada nos tempos atuais. Deixemos as máscaras da felicidade eterna e falemos francamente. Ser mãe é uma tarefa hercúlea e sem fim. Ah, claro, e progressiva também. Você acha que os primeiros meses de vida do bebê são tensos. Cólicas, noites em claro, peitos rachados, livre demanda, cama compartilhada, tudo é cansativo. Mas logo vai passar. Rá! Sinto em informar, mas nessa viagem os percalços não acabam nunca. Eles apenas se modificam. E eu ouso arriscar que assim será até quando meu filho me promover a avó. Sim, porque, quando a coisa fica tensa de verdade, é sempre bom ter uma avó prestativa por perto.
As cólicas são terríveis. Mas a crise respiratória que o bebê sismou de ter com a chegada do outono pode ter enlouquecer muito mais. Amamentar em livre demanda toma tempo. Mas ficar o dia todo atrás da cria quando ela resolve não comer, ah, também não é fácil. Levar o bebê conforto ao banheiro junto com você para o bebê ficar pertinho na hora do banho pode ser trabalhoso. Mas experimenta deixá-lo por 30 segundos no banheiro, ali, em pé, em cima do vaso sanitário. Você volta e ele está com a lâmina nas mãos, barbeando o rosto, como se todos os dias fizesse isso. Você terá um pequeno derrame até perceber que a lâmina estava com a tampa de proteção. Mas aí meu bem, senta porque você irá tremer por uns 5 minutos ainda. 
Há dias em que a criança parece acordar trabalhada na chatice. Tudo é motivo de birra e choro. E manha. E mais choro. Ai, como tem vocação pra chorar. E conseguir o que quer no grito, literalmente.
Tem momentos em que tudo parece que vai desabar. Você se imagina longe dali, num lugar calmo e silencioso, onde não haja brinquedos espalhados. Mas né, é até pecado imaginar algo assim. Tanta gente querendo ser mãe. Então você volta. E olha ao redor. E ri. E pensa que logo vai passar. Ou talvez não. Que talvez sua casa nunca mais volte a ser o que era antes. Mas tudo bem, aposto que hoje tudo está mais colorido do que no passado. (inclusive a parede branca, que foi pintada de giz colorido). 
E daí, como num passe de mágica, o apetite volta, a educação reaparece, o bebê fofo de outrora diz "Presente", lança um "mamãe" e te ganha. Te amolece, enfraquece e espanta qualquer pensamento de queixa. E logo depois disso, ele parte pra um cochilo. E ali, enquanto dorme o sono dos anjos, você observa. E pergunta como pode amar tanto uma criatura tão pequena. E fica com saudade da agitação. E corre no celular pra assistir os pequenos vídeos das traquinagens que ele fez, e você, como expectadora fiel, fez questão de registrar.