quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Se não for amor, não sei o que é!

Hora do banho de Pedro Lucas. Estoque de sabonete nível zero. Abro o armário de Helena e pego um sabonete entre os presentes que ela ganhou no chá de bebê. Vou para o banheiro e a seguinte cena se desenrola:
- Pê, tem sabonete novo pro banho, hoje!
- Oi? (ele agora está com a irritante mania de responder tudo com oi).
- Sabonete novo.
- Hã? Mas é da Nininha. (sim, ele sabe tudo o que tem no armário. Já cansou de ir xeretar e brincar por lá)
- É, mas a mamãe pediu pra ela, e ela deixou. (simulo uma conversa com a barriga, ele ouve atentamente e aceita o banho com o sabonete da irmã).
- Nininha, qué banho, qué? Tira mamãe, tira. Avá Nininha.
(Eu levanto a camiseta e mostro a barriga. Ele pega um pouco de sabonete nas mãos e passa uns 5 minutos "dando banho na irmã - lavando a barriga com toda a paciência do mundo")
- Ponto. Tá impa. Fecha mamãe. 

*** cataploft *** morri de tanto amor! 

Tapa na cara da sociedade que acha que irmão mais velho tem que sentir ciúme de tudo! 

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

E esse tal de rolezinho, hein?

Nos últimos dias o noticiário ganhou uma pauta recorrente: os tais "rolezinhos" dos adolescentes das periferias de São Paulo. Eu, como consumidora voraz de informação acompanhei diversas matérias e opiniões sobre o assunto. Confesso que poucas vezes vi tanta bizarrice junta. Sim. Está chovendo "análises" do "fenômeno político-cultural" que não tem nada de político, muito menos de cultural. Luta de classes. Preconceito racial. Gente, tá difícil. Quer a opinião de quem mora a vida toda nesta metrópole velha de guerra? Senta que eu te conto.
Rolezinho em shopping sempre existiu por essas bandas. Todo adolescente, rico ou pobre, já foi passear no shopping com os amigos, já foi namorar, ao cinema, comer, bater papo olhando vitrines. É uma coisa normal em um lugar onde não há praias, os parques são de número reduzido (e a maioria que é frequentável está longe da periferia), teatro ainda é coisa de poucos, museu então, nem se conta. Enfim. Há muitos anos existe a cultura de passear pelos corredores de shopping. Eu fiz parte desta turma. Frequento os centros de compras em companhia de amigas desde os 13, 14 anos de idade. Posso te dizer com propriedade. Pobre nunca foi barrado na porta única e exclusivamente por ser pobre. Claro, existem os shopping de elite, de classe alta, mas que na boa? Cada um sabe onde coloca o nariz. Eu nunca quis frequentar um lugar onde me sentisse uma estranha, deslocada dos demais. Simples assim. Não vou atravessar a cidade para visitar um lugar onde não me encaixo. 
A questão que está pegando nessa modinha dos rolezinhos atuais, é que os jovens extrapolaram os limites do bom senso. Uma coisa é marcar um passeio com uma turma de amigos, outra é marcar um evento público com mais de seis mil confirmações de presença, num espaço privado para usa-lo com outros fins diferentes do que se destina. Sim, porque o shopping é um lugar aberto ao público, mas tem dono e tem regras. Não dá pra entrar fazendo algazarra, incomodando, ouvindo música alta, etc. E isso independe da análise dos intelectuais de que o shopping é um templo de consumo e blá, blá, blá. Antes de ser qualquer coisa, é uma instituição privada, onde empresários investem seu dinheiro, oferecem empregos, fazem a economia girar e vamos combinar, muitas vezes facilitam e muito nossas vidas. É um fato. Contra fatos não há argumentos.
Imagina você dentro de um shopping. Seja por que motivo for. De repente, uma turba de pessoas correndo e gritando, cantando versos de músicas chulas e desrespeitosas aparece na sua frente. A polícia tentando agir sem saber bem como. Todo mundo embasbacado com a nova situação. Você acha isso um fenômeno cultural? Eu acho perturbação da ordem. Vandalismo. Quem quer se divertir não precisa de milhares de amigos pra "tumultuar" - palavra usada pelos próprios organizadores dos eventos. Aliás, eu li entrevistas com diversos participantes do movimento e nem eles concordam com isso. A maioria acha que a coisa está se perdendo e alguns já estão desistindo de participar disso. Em parte pelo medo da polícia, não vou negar.
Quer uma prova que a coisa descambou? No último final de semana, temendo a represália, os jovens mudaram o local dos encontros. Iriam ao Parque do Ibirapuera. Teve 3.000 confirmações. Cerca de 100 jovens apareceram. Havia mais imprensa do que adolescentes. Por que será? A meu ver, a coisa perde a graça se não der pra tumultuar. Ah, em tempo: Eu também fazia "rolezinho" com amigos no Ibirapuera, carinhosamente chamado de "Ibira".
Observando os vários shoppings que tenho conhecimento, posso te provar que existia paz nos rolezinhos de grupos menores. O shopping Leste Aricanduva recebe todos os finais de semana esses jovens no melhor estilo funkeiro. Quem já passou por ali no sábado e se atentou bem ao fundo da praça de alimentação, na escada que dá acesso à Lojas Americanas, viu jovens que costumam se reunir pra paquerar (usando uma expressão antiga, porque o negócio agora é pegar), conversar e sei lá mais o que.
O shopping Metrô Tatuapé é um reduto de jovens casais (hétero e homossexuais) que se encontram ali na entrada do estacionamento. Ficam lá de papo, alguns ensaiam gestos de carinho, socializam e eu nunca soube de nenhuma intervenção mais grave, salvo casos de necessidade.
O ABC Plaza em Santo André recebe centenas de jovens daqueles com caras tristes e roupas pretas. Que usam uma franjinha cobrindo os olhos.  Saem dali e se dirigem ao parque Celso Daniel, em frente ao shopping. Voltam. E vão de novo. Nunca ouve notícia de confusão maior.
Até que justamente em Itaquera, um dos bairros mais pobres da capital a coisa ferveu. Gente, é ridículo falar em preconceito racial ou de classes dentro de Itaquera. Volto a dizer: a coisa ferveu porque houve excessos. O próprio Shopping JK recebe muitos "pobres". É um tiro no pé do empreendimento barrar qualquer possível comprador, mesmo que seja de um Big Mac.
O que eu entendo disso tudo? A mídia, essa voraz "formadora de opinião" logo se dividiu em duas. Uma apoiando, outra achincalhando. O governo, claro, em ano de eleição mais importante do país, não quis se indispor com a "massa", que é de onde lhe saem a maioria dos votos. Criticou, depois voltou atrás. Pobre da nação comandada por interesses políticos. Os entendidos em fenômenos políticos e sociais, ávidos por assunto inventaram uma tal luta de classes. Na boa? São só pessoas assustadas. De ambos os lados. Uns querem se divertir. Mas não entendem muito bem o que são limites. Outros querem ter o direito de frequentar em paz um local onde possam comprar, comer e passear. É justo. Independente de ser ou não ostentação, consumo desenfreado e tal. E também independe de ser em um shopping em Itaquera ou no Morumbi. Cada um oferece algo que as posses da região permite. 
Como mãe, eu proponho um exercício de pensar: Quem quer estar dentro de um local fechado, com corredores estreitos, puxando seus filhos pela mão e de repente se ver no meio de um quebra-quebra com milhares de pessoas correndo em sua direção? Como ter certeza de que o "evento" dos jovens vai ser de paz? Que não há arruaceiros ali no meio? (E já foi comprovada a presença deles, infiltrados no meio do movimento, assim como nas manifestações do meio do ano).
Eu quero segurança e comodidade. Pagamos por isso. Eu, você, e o próprio menino do rolezinho, que na sua maioria adora comprar roupas de marca - dentro do shopping. 
Falar em preconceito racial nesse caso também é risível pra mim. Na periferia não há só negros. No funk não há só negros. Aliás, de todos os entrevistados que eu vi fotos, nenhum era. Existe pobre de todas as raças. Nasci e cresci na periferia, sempre estudei em escola pública, e a coisa não é dividida entre negros e brancos. Acredite. Há de tudo. 
Isso tudo é o que eu penso. É o que eu vejo. Não concordo com pessoas que ao invés de lutar contra a corrente, se rendem ao mantra: "Sou pobre mesmo, sou filho do sistema". Acho triste. Conheço muitos exemplos bacanas de pessoas que não sucumbiram ao rótulo de "preto - pobre - favelado". Pra mim, e sempre disse isso, pobreza é estado de espírito e não de conta bancária. 
E acho também, que muito do que acontece hoje é reflexo do que nosso atual governo criou com suas N bolsas-alguma coisa. "Ah, você matriculou seu filho na escola? Toma aqui essa esmolinha. Vá gastar. E não precisa acompanhar o rendimento escolar do seu filho, nós não o reprovaremos. Fica entre nós."
Gente, eu tenho tanta opinião. Mas isso é outro papo, por hoje já me estendi demais.  

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Oligoidrâmnio - você sabe o que é?

E então, depois de uma semana cheia de afazeres, onde testei os limites físicos e psicológicos de uma grávida em final de gestação, inclusive dirigindo para baixo e para cima num calor de matar, e levando a tiracolo Pedro, claro, fui fazer um ultra de rotina. 
Exame que eu nem queria fazer, cheguei a questionar com a G.O, achei preciosismo fazer outro exame desses, já havia feito em dezembro, e é sempre aquela chatice pra marcar num horário bom, espera, atraso, e tal. Bom, fui fazer a contragosto mesmo. No exame, uma luzinha vermelha se acendeu. Queda brusca na quantidade de líquido amniótico. Nome técnico da coisa: Oligoidrâmnio. Saí do exame com indicação de apresentar os resultados para minha G.O na segunda-feira. "Dá para esperar. Não é tão urgente" - disse o médico que realizou o exame.
Em casa eu fui me informar, óbvio. Descobri que muitas gestantes podem apresentar isso, que em meses de calor a incidência é maior, o que se relaciona (talvez) com a desidratação que todo mundo apresenta em dias quentes,  que geralmente no terceiro trimestre não é tão grave, fosse antes seria pior. Descanso e muita ingestão de líquido seriam ótimos nesse caso. (descanso? o que é isso???). Iniciei o "tratamento" por conta própria e esperei a consulta de encaixe na segunda. 
Dona doutora a princípio me deu bronca, era pra ter comunicado o fato na sexta mesmo, pelo celular. Perguntou sobre eventuais mudanças na rotina, como viagens, tomar muito sol, essas coisas. E me encaminhou pra refazer os exames. Solicitou um perfil biofísico fetal. Até riu quando foi me recomendar repouso e hidratação e eu disse que já sabia disso. Ela disse que sempre se esquece que eu sou bem informada. 
Segui direto para a maternidade com a solicitação dos exames. Uma tarde inteira entre cardiotocos (sim, 2), ultra e consultas. 
No fim da tarde, o diagnóstico: Tudo ok. O líquido havia voltado aos níveis normais. Placenta normal, movimentação da bebê super normal. 
Em suma, a médica que fez o ultra disse que a redução pode ter sido causada por coisas como estresse, excesso de exercícios físicos e coisas assim, já que não era o caso de perda de líquido pelas vias "normais". Disse que o líquido vai se renovando e por isso é muito importante se manter hidratada. Ainda mais nesse calor senegalês que voltou a fazer nessa terra. Repouso e água e observação atenta. Só isso. E não repouso no sentido de ficar deitada, mas no sentido de não fazer esforços desnecessários. Abaixa, levanta, carrega peso, faxina pesada, essas coisas. Que já devíamos fazer no final da gestação, mas, né? Quem pode se dar ao luxo? 
E assim vamos indo. Um pequeno susto. Já vi meus planos de parto virarem fumaça. Vi uma criança chegando antes da hora e uma mãe que não foi capaz de segurar a gestação até o fim. Foi um gosto horrível e amargo na boca. Ok,drama queen, a gente vê por aqui. Eu sei, não tem nada a ver. Mas na hora a gente pensa um monte de besteiras. 

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

"O que não dizer para uma grávida" ou "Semancol é bom e todo mundo gosta"

Gravidez deveria vir acompanhada de uma surdez seletiva, porque a coisa é tensa. Ouvimos tanta groselha que a frase "melhor ouvir besteira do que ser surda" começa a fazer todo o sentido.
Eu, do alto de duas gestações já consegui eleger minhas piores melhores pérolas.Vem comigo:

- Nossa, que barrigão! Acho que são gêmeos. (Resposta mental: Sim, e o excedente você vai criar.)

- Afff...que  barrigão. Dá aflição só de olhar! (RM: Então feche os olhos. E a boca, e preferência.)

- Eita, que barrigão. Acho que você errou nas contas. Não vai até fevereiro não. (RM: Sim, você estava entre marido e eu quando engravidei, né?)

- E o fulaninho, está com ciúme? (RM: Ah, sim. Um bebê de 2 anos tem total compreensão de que a barriga da mãe cresceu porque está abrigando outra criança. Ele entende tudo.)

- Que pé inchado! (RM: Cê jura? Nem tinha reparado.)

- Quando esse bebê nascer, o fulaninho vai te dar tanto trabalho! Você vai ver! (RM: Obrigada pelo apoio! você é super legal!)

- Olha hein, quando o bebê nascer você não pode dar atenção pra ele (!?), tem que focar no fulaninho, porque ele vai ter muito ciúme. (RM: Sim, claro. Vou largar um bebê sozinho e contratar uma ama de leite. Tá certinho sua divisão de tempo.)

- E esse bebê, é pra quando? (RM: É mesmo necessário me perguntar isso TODA semana?)

- Vai fazer cesárea pra aproveitar e "fechar a fábrica"? (RM: Oi?????)

- Pronto, agora tem um casal, já tá bom né? (RM: Não sei, gostei tanto de engravidar que acho que vou ter uns 10.)

- Como assim vai esperar até o bebê querer nascer? Não vai agendar? Mas o fulaninho não foi cesárea? Parto normal agora vai ser difícil. (RM: Ahã, Dra. Cláudia! Senta lá!)

- Eu preciso te contar como fui mal tratada no hospital quando o fulaninho nasceu de PN. (RM: Dispenso tragédia. Obrigada, de nada.)

- Ah, a recuperação da cesárea é horrível. Não desejo pra ninguém. (RM: Faz algum sentido te dizer que isso varia de pessoa para pessoa?)

- Menina? Nossa, você vai ver que diferente! É outra coisa! (RM: Como assim outra coisa? Seria um bebê de ET, então?)

E a pérola, a cereja do bolo:

- Isso, Fulaninho! Aproveita o colo porque logo logo você vai perder a mamãe! 

Essa (e outras variantes que foram dirigidas ao meu filho) foi a única que me magoou de verdade. As outras eu acho engraçado e relevo. Porque as pessoas não falam por mal, elas querem mesmo se meter colaborar com alguma informação, te preparar de alguma forma. Mas acho que até boa intenção tem limite. Dizer a uma criança de dois anos que ela vai perder a mãe? Poxa, é crueldade. Não sabemos o entendimento que um bebê tem das coisas que ouve. E não faz parte dos meus planos abandonar o primogênito de forma nenhuma. Amor se multiplica. Tempo se administra. Vai ser a mesma coisa pra ele? Não. Eu sei disso. Mas em nenhum momento a criança vai perder a mãe. Hoje somos uma família de três. Em breve seremos quatro. Tantas outras famílias já sobreviveram a isso. Acho que podemos conseguir também! 
E por favor, não queira preparar meu filho! Eu mesmo faço isso! 

domingo, 5 de janeiro de 2014

E chegou a necessidade de arrumar o "ninho"

34 semanas. Uma longa jornada que vai chegando na reta final. Pra quem está de fora (do meu corpo) parece que passou rápido. Mas para mim, a sensação é de estar grávida há uns 5 anos. Numa segunda gravidez tudo é diferente e mais pesado. Chegar ao momento de privar o mais velho do colo da mãe dói absurdamente. Houve dias em que o cuidado foi pro espaço. Peguei, segurei, levantei do chão, agachei (e agacho), sento no chão, e vou até onde o limite físico impede mesmo. Foram meses, semanas e dias de muita luta. Um mix de sentimentos. Ora bons, ora desesperadores. Hormônios, a gente vê por aqui. Mas, isso é reflexão para outro texto. O mote agora é "arrumar o ninho".
A necessidade de arrumar o ninho bateu forte. E por agora quero dizer desde o começo de dezembro. Bem no início da gestação fizemos planos e traçamos metas. Que começam a se desenhar. Chegou a hora de arrumar a casa para a chegada da caçula. Providenciar o espaço que será dela. Por direito. Incrível o que se faz em conjunto com pessoas de boa intenção e coração enorme, mesmo controlando ao máximo o orçamento. Bebê Helena já tem um quarto quase pronto. Berço herdado do irmão. Sem culpa. Guarda-roupas estralando de novinho. A poltrona outrora da minha sala, vai virar a cadeira de amamentação (e de roupa pra passar, claro). Com um pouco de tecido e imaginação, voilá, temos algo personalizado e pensado pra pequerrucha. Acho importante que ela tenha um espaço na casa e nas nossas vidas. Algo próprio. Feito pra ela. E sim, isso é culpa materna, das mais bestas. Porque Pedro Lucas teve tudo pensado pra ele. Naquele momento havia possibilidade de escolher e fazer o melhor. E sinto que devo fazer o mesmo pela bebê que vai chegar. Mesmo que o tempo seja outro. Hoje sou menos perdulária, mais prática, porém sou mais mãe. Tenho bagagem. Experiência. Tanto positiva quanto negativa. E tudo isso vai ser investido na chegada da filhota. 
É incrível como a casa toda muda pra acolher o novo membro da família. Confesso que até a gaveta de panos de chão eu já arrumei. Armário de copos, aliás, a casa toda no geral tá passando por mudanças. Paredes pintadas, portas também. Tranqueiras jogadas no lixo. Ainda faltam muitas. Que aos poucos vão deixando a casa mais clean. Mais fácil de lidar. Acho que tem que ser assim. Em breve teremos trabalho dobrado, e afazeres domésticos já não ocupam lugar no meu coração, se ficar difícil de conciliar com as crianças então, eu morro em depressão. Gosto da casa limpa e organizada, porém não tenho o menor talento e paciência para tal. Então, que sejamos práticos e leves de agora em diante. 
Leveza é mesmo minha palavra de ordem nesse momento. Estou procurando uma vida mais leve em 2014. Mais simples. Mais organizada. Mais fácil de lidar. Chega de complicação. Quero e preciso me dedicar ao que verdadeiramente importa. E pra mim, o jeito mais fácil de me organizar internamente é começar pelo exterior. Sempre foi assim. Quantas gavetas organizei na vida pra encontrar a solução de um problema! 
E assim as coisas vão se encaixando. A casa se prepara para receber a pequena. Nós nos preparamos juntos. Fico imensamente feliz e agradecida por ter uma gestação saudável que me permitiu fazer tudo como sempre gostei: ordenadamente. 
Quero que ela chegue num ambiente que seja acolhedor e que ela, assim como o irmão, goste de estar em casa. Pedro adora. Ele sai, passeia, brinca, mas quando menos se espera, vira e lança um: "-Vamo cacasa?". E quando volta ao lar ele fica mais feliz e confiante. Espalha os brinquedos, conversa com eles, liga a TV, bagunça tudo, enfim, se sente literalmente "em casa". Quero que Helena tenha essa mesma segurança. E acima de uma casa cheia de paredes, móveis e afins, queremos que nossos filhos tenham um lar. Harmonioso, cheio de amor. Um lugar pra onde sempre se pode voltar.