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terça-feira, 11 de novembro de 2014

Registrar é preciso!


Não foi uma escolha consciente, do tipo: "Pronto, parei.". As coisas foram acontecendo e a cada dia um post era deixado de lado. Foram muitas histórias prontas na minha cabeça, que deixaram de ser escritas por pura falta de tempo. Ou de empenho. Sei lá.
Mas aqui estou.
Helena conta hoje 9 meses. Acabou de completar. Esperta que só ela. Tanta coisa aconteceu...vamos recapitular?
* Aos 5 meses sentou. cambaleante, mas tava lá. Sentada da cama da mamãe.
* Com 7, quase 8 meses, rompeu o primeiro dentinho. O segundo veio logo atrás. e hoje já se igualaram. Ainda estão sozinhos. Nenhum ouro apontou por ora. Eu não tenho pressa. Tá bom demais assim.
* Cabeluda que só ela, vive despenteada. Mamãe não é tão caprichosa e não tem tempo mesmo de ficar arrumando cabelo de criança. Porque eu arrumo e em 5 minutos tá tudo bagunçado de novo.
* Assim como PL, Helena vive descalça. Fato. Quando começar a andar a gente resolve isso.
* Saiu do mamá no peito agora com 8 meses. Por escolha minha, quando ela contava com pouco mais de 6 meses introduzi de fato a fórmula. A noite, pois dormir estava complicado. Na verdade, depois dos 5 meses Helena não sabia se mamava ou se prestava atenção no mundo. Aliás, mesmo com mamadeira ela ainda é assim. Complicado.
Eu comemoro e me orgulho dos 8 meses no peito, sendo 6 em aleitamento exclusivo. Nos primeiros 6 meses, ela tomou (ou essa era a intenção) fórmula umas 3 vezes, quando necessário. Não gostava. Eu achava ótimo. Depois a vida nos empurra, as coisas vão acontecendo e tudo se encaixa.
* Alimentação é um ponto delicado para ela. O início da IA foi tenso. De tudo o que ofereci ela só gostou de água.
Hoje já come melhor, o que não quer dizer que esteja bom. Estamos longe do ideal. Não entendo
Não gosta de coisa muito amassada. Curte mesmo um pedacinho rolando na boca, curte amassar a banana com a mão, fazer muita meleca. Essa é a Helena. Ogrinha de mamãe.
* Dorme bem. Quase sempre dormiu. Tem lá seus momentos serenata madrugada adentro mas...para um bebê dessa idade tá excelente.
* Helena vive cada fase intensamente. Os tais picos de crescimento? Ela tem todos. São visíveis. Agora ela vive a ansiedade da separação. Se viro as costas pra ela, o mundo acaba. Chora como se não houvesse amanhã. Se a deixo com o pai ela fica bem. Até me ver e ai o chororô recomeça.
Minha pequena é saudável e feliz. Disso não há dúvidas. Sempre bem disposta, feliz, risonha, simpática demais. Voluntariosa também. Determinada. Vejo nela uma vontade de ver a vida, uma coisa linda. Cada vez que seus olhinhos veem algo pela primeira vez, eles adquirem um tom único. Brilhantes, atentos, vivos. Eu me apaixono cada vez que ela vê alguma coisa nova.
* Aos 9 meses já bate palminha. Pra qualquer música, mas a preferida é "parabéns pra você". Uma coisa linda de viver.
* A relação com o irmão é delicada porém feliz. Eu incentivo o contato entre eles desde que ela nasceu. Deixo juntos e as vezes sozinhos. Fico por perto, de olho, mas acho importante que eles se conectem. Se ela acorda primeiro, vamos juntas no quarto dele e deitamos na cama junto. Eles adoram. E o contrário quando ele acorda primeiro.  Ela curte muito fazer bagunça com ele,  mas quando PL se cansa da companhia, Helena acaba levando uns cascudos. Mesmo assim, ela não pode vê-lo. Fica enlouquecida, solta gritinhos, dá risada. Uma fã! Sobre eles, acho que o pior já passou. As crises de ciúme se tornaram mais administráveis. Já sabemos lidar com elas. Tenho calafrios de lembrar do início. Quanta lágrima eu verti. Ufa, passou!
E assim vamos indo. Cada dia novo. Cada dia igual. Cada dia diferente.
 
E essa sou eu! #8meses
 

quinta-feira, 24 de abril de 2014

O nascimento de Helena



39 semanas e um dia. Foi o tempo de gestação da pequena Helena. Nasceu numa quinta-feira, 06 de fevereiro de 2014, em um dos verões mais quentes da nossa história.
Foi como devia ser. Como nós achamos que seria melhor pra nossa família. Na segunda que antecedeu o parto, deixamos acertado com a médica. Se não entrasse em TP até quinta, faríamos o parto naquela noite. Ali eu sabia que seria então esse o dia do nascimento da pequena. Um misto de medo e ansiedade tomou conta de mim, que só sabia chorar. Decepção por marcar a hora, justo eu que sempre condenei a prática. Mas o fato é que seria o melhor. Não estava nas melhores condições. Nem físicas e nem psicológicas. Fato que ficou claro na consulta de segunda que durou quase uma hora e dona doutora não sabia mais o que fazer para que eu parasse de chorar. Enfim. Poucas pessoas souberam do que ia acontecer. 
Um medo enorme chamado Pedro Lucas me assombrava. Pensei e repensei nas estratégias para que ele se sentisse o menos "abandonado" possível. O levei na escola normalmente, dirigindo como todos os dias, e depois fui arrumar o que ainda estava pendente. Vovó o pegaria na escola, daria banho, janta e depois iria para o hospital. Eu fazia questão que ele estivesse por perto. 
Marido chegou e rumamos para o hospital no final da tarde.
Eu estava tensa. Queria que acabasse logo e me culpava por isso. Quando desci (ou subi, juro que não sei) para o centro cirúrgico, marido foi se paramentar e fui para uma sala de pré-parto. Enfermeira ofereceu ligar a TV. Eu recusei. Foi a melhor escolha que fiz. Ali, no silêncio do CC, eu senti a paz que tanto procurava. Era um silêncio acolhedor. Pra mim, foi o bálsamo que precisava pra me tranquilizar. Eu iria entrar em uma nova cesárea e ia sair bem e saudável pra cuidar dos meus dois filhos. Era certo. O medo caia por terra. Era isso que bastava, e todo o resto virou, efetivamente, resto.
Marido entrou. Logo, o médico auxiliar veio se apresentar. Trocamos umas palavras e ele se foi. Veio a enfermeira e lá fomos nós.
O curioso de se passar por um procedimento cirúrgico pela segunda vez, é que da primeira você não sabe direito o que vai acontecer, e não encana tanto. Na segunda, você acha que tudo vai dar errado, e entra em pane. Loucura total. 
E assim, às 20:29h Helena chegou neste mundo. 46 cm e 3.135 kg. Fofa, linda e forte! 
Depois da recuperação, fui levada de volta ao quarto, onde logo chegaram mamãe, marido e Pedro Lucas. Eufórico, correndo, meio assustado com tanta novidade, ele me olhou com curiosidade, conversamos sobre a chegada da Heleninha, e eu vi que tinha feito o melhor pelos meus pequenos. Pedro esteve nos bastidores o tempo todo. Viu a irmã assim que ela desceu para o berçário, viu o banho, me viu logo após o parto, viu onde a mamãe estava e foi embora tranquilo. Dormiria sozinho com o papai naquela noite. Meu coração estava em paz.Vovó dormiu comigo e Helena ficou conosco a noite toda. 
Na sexta-feira algumas coisas saíram do controle. Não conosco. Mas tivemos uma morte na família e marido precisou viajar. Infelizmente uma das bisas de Helena não conseguiu conhecê-la. 
A viagem dele desestruturou nosso esquema para o bem-estar do PL. Mas improvisamos bem, e com ajuda de minha irmã e mãe, tudo deu certo. 
Domingo de manhã estávamos indo pra casa. Dessa vez com a família completa.
Todo o medo, angústia, e preocupação deram espaço à gratidão a Deus por tudo que ele nos deu. 
Tudo o que eu não planejei, mas aconteceu. Muita coisa saiu do curso normal, coisas que eu não queria relatar. Tentei várias vezes escrever sobre o nascimento de Helena e depois desisti. Porque queria só escrever coisas boas. Mas depois entendi. Não adianta tentar descrever uma cena de cinema. Porque não foi assim. A vida real não é um comercial de margarina, infelizmente.
 Mas é assim., com altos, baixos, imprevistos e tal. Mas foi lindo. Da maneira como tinha de ser.
E hoje, vendo um bebê tão saudável e feliz em casa, voltei a ter certeza das minhas escolhas e me lembrei de algo muito legal que ouvi na época em que Pedro nasceu: o nascimento é só o portal da vida. Ali é o ponto de partida. Apenas a partida. Sou agora responsável por todo o percurso que minha filha vai percorrer. E vou fazer com que seja o melhor possível.
Bem-vinda, filha!
Não te garanto somente momentos bons, porque não tenho total controle sobre isso. Mas garanto meu colo e meu abraço sempre que a vida lhe machucar!


segunda-feira, 24 de março de 2014

Helena e o banho de chuveiro.

Era uma sexta-feira. Com papai em casa, tudo devia ser mais tranquilo. Mas não foi. PL resolveu vomitar. Primeiro no carro, causando um pequeno terremoto fedorento. Depois em casa. No tapete da sala. Ele não lida bem com essa coisa de vomitar. Fica mal, chora, tem medo. E no meio daquilo de limpar, consolar o menino, dar banho, tinha a pequena Helena. Que resolveu que era hora de fazer o peso dela em cocô. E espalhar pela roupa toda. 
Num ataque de praticidade, pedi pra marido tirar a roupa da criança número 2 que ela ia ser a próxima no banho. No chuveiro mesmo. Água corrente é o melhor remédio, além de ser o que dava pra fazer na hora. Muito mais prático. Tirei minha roupa e entrei com a menina no banho. 
Pausa. 
Com 40 dias de vida, Helena A-do-rou o banho. 
Despausa.
Ficou inebriada olhando pra água que caia. Nem uma lágrima. Nem um assombro de medo. Só ficou olhando e curtindo em silêncio. 
Eu? Adorei a experiência. 
Nos dias que se seguiram, resolvemos continuar com o banho de chuveiro. É muito mais prático e prazeroso. Não preciso encher banheira, ficar com medo que a mangueirinha escape e molhe o quarto todo, nem limpar depois do banho, passar álcool e tal. 
E eu também descobri uma coisa: Banho de bebê pode ser prazeroso. Porque pra mim, nunca foi. Nunca vi a graça que a maioria das pessoas veem. Sério mesmo. Sempre me foi uma obrigação regada a choradeira. 
Mas ali, no chuveiro, pele com pele e um bebê curtindo, eu pensei que a hora do banho devia ser sempre assim. 
Não consigo descrever a carinha de sapeca e tranquilidade que Helena faz quando tá ali, aninhada nos meus braços. Ela confia. Não sente medo. Apenas aproveita o momento. Os olhinhos dela parecem me dizer: "- Eu confio em você."
Outro dia, percebi que ela estava bebericando um mamá enquanto tomava banho. Encontrou o peito e não pensou duas vezes. Morri de amores.
E assim vamos indo. Cada dia uma descoberta. Dois bebês. Tudo igual, tudo diferente. 
Claro que esse esquema depende de um segundo adulto pra funcionar. Mas é simples. Hora do banho é a hora que estamos todos em casa, de preferência no começo da noite. 
Aliás, ta aí outra coisa que eu nunca gostei: dar banho no bebê de manhã, ou logo depois do almoço. Sei lá. Nunca me fez sentido isso. Banho deve ser pra relaxar e limpar. Pra mim, nada melhor que estar limpo e relaxado antes de se deitar para dormir. Não tem coisa mais gostosa que tomar um banho e cair na cama. 
Então, aqui o costume é esse. O calor foi embora, acabaram os milhares de banhos diários nas crianças (reservatórios de água agradecem), vamos estabelecer uma rotina toda nossa. Com banho coletivo. E muita curtição. 

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Recortes dos últimos 20 dias! (Os primeiros de Helena)

* Clichê total: Não tá fácil! Mas não tá mesmo! Sendo bem franca: Algumas vezes por dia tenho me perguntado o que eu fiz da minha vida! No auge da crise. Depois passa. 

** Como mãe de segunda viagem, no que tange os cuidados com o bebê, isso sim, é mais tranquilo. E falo do basicão mesmo: identificar o choro, trocar, dar banho, ouvir orientações do pediatra (e discordar), quanta tranquilidade adquirida com a experiência. 

*** A soma de Pedro + Helena vivendo sob o mesmo teto ainda é delicada. PL sente ciúme, claro! A cada visita que chega, mesmo a família sempre presente, é um show. Ele grita, quer se aparecer, faz cena e depois se acalma. Quando estamos só papai-mamãe-bebês, aí sim ele é outro. Maduro, quer ajudar, segurar, um fofo! 
Ontem eu estava ao telefone na varanda. Bebezinha começou a chorar. Ele foi até o carrinho, olhou, deu beijinho no pé. Ela não parou. Ele repetiu o beijo e saiu. Voltou. Olhou de novo e disparou:
-Ô mãe, vem cá, ela quer você! 
Ele a defende, acho que vai ser um irmão protetor. Hoje pela manhã amamentei na cama dele. Ele pegou um urso e imitou a cena da amamentação. Inclusive com uma almofada embaixo do urso, pra apoiar.

**** Eu falei em visitas aí em cima? Acabei de ganhar uma lição de vida: Experimente estar num momento feliz porém delicado, acrescido de um problema familiar gigante. Some o puerpério, os cuidados com a casa, o filho mais velho, e tudo o que você tiver de complicado. Aí olhe em volta. Você vai perceber que as pessoas que lhe estendem a mão pra ajudar são: a família (se você tiver uma abençoada e unida como a minha, claro) e poucos amigos que você vai contar com os dedos da mão. 
O restante você descobre que não são amigos. Apenas dividem o mesmo ambiente ou coisa parecida. E que algumas pessoas realmente não sabem olhar em volta. E que discurso bonito quando você tá bem não te acresce em nada. Enfim. Viva quem te ama e te ampara. Abstraia o resto. 

***** A minha culpa em relação ao Pedro ainda não passou, mas diminuiu. Estou tentando trabalhar isso dentro de mim. Não é fácil. Há momentos em que a dor de deixá-lo de lado tão pequeno, tão indefeso me consome. E eu choro. Amargamente e compulsivamente. 
Espero um dia abrandar essa culpa. Que agora já é dobrada. Sim, porque pra fazer um dormir, tenho que deixar o outro. Pra banhar um, o outro tem que ir pro carrinho. E há choro. Há necessidade não suprida. Há culpa. Há dor. De todos os lados. Se é exagero? Talvez. Mas hoje é assim que sinto. 

****** Tenho lido algumas teorias sobre maternidade. Vale um post só pra isso. 

E assim vamos indo. Todo dia igual. Todo dia diferente. Como deve ser! 

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Se não for amor, não sei o que é!

Hora do banho de Pedro Lucas. Estoque de sabonete nível zero. Abro o armário de Helena e pego um sabonete entre os presentes que ela ganhou no chá de bebê. Vou para o banheiro e a seguinte cena se desenrola:
- Pê, tem sabonete novo pro banho, hoje!
- Oi? (ele agora está com a irritante mania de responder tudo com oi).
- Sabonete novo.
- Hã? Mas é da Nininha. (sim, ele sabe tudo o que tem no armário. Já cansou de ir xeretar e brincar por lá)
- É, mas a mamãe pediu pra ela, e ela deixou. (simulo uma conversa com a barriga, ele ouve atentamente e aceita o banho com o sabonete da irmã).
- Nininha, qué banho, qué? Tira mamãe, tira. Avá Nininha.
(Eu levanto a camiseta e mostro a barriga. Ele pega um pouco de sabonete nas mãos e passa uns 5 minutos "dando banho na irmã - lavando a barriga com toda a paciência do mundo")
- Ponto. Tá impa. Fecha mamãe. 

*** cataploft *** morri de tanto amor! 

Tapa na cara da sociedade que acha que irmão mais velho tem que sentir ciúme de tudo! 

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Oligoidrâmnio - você sabe o que é?

E então, depois de uma semana cheia de afazeres, onde testei os limites físicos e psicológicos de uma grávida em final de gestação, inclusive dirigindo para baixo e para cima num calor de matar, e levando a tiracolo Pedro, claro, fui fazer um ultra de rotina. 
Exame que eu nem queria fazer, cheguei a questionar com a G.O, achei preciosismo fazer outro exame desses, já havia feito em dezembro, e é sempre aquela chatice pra marcar num horário bom, espera, atraso, e tal. Bom, fui fazer a contragosto mesmo. No exame, uma luzinha vermelha se acendeu. Queda brusca na quantidade de líquido amniótico. Nome técnico da coisa: Oligoidrâmnio. Saí do exame com indicação de apresentar os resultados para minha G.O na segunda-feira. "Dá para esperar. Não é tão urgente" - disse o médico que realizou o exame.
Em casa eu fui me informar, óbvio. Descobri que muitas gestantes podem apresentar isso, que em meses de calor a incidência é maior, o que se relaciona (talvez) com a desidratação que todo mundo apresenta em dias quentes,  que geralmente no terceiro trimestre não é tão grave, fosse antes seria pior. Descanso e muita ingestão de líquido seriam ótimos nesse caso. (descanso? o que é isso???). Iniciei o "tratamento" por conta própria e esperei a consulta de encaixe na segunda. 
Dona doutora a princípio me deu bronca, era pra ter comunicado o fato na sexta mesmo, pelo celular. Perguntou sobre eventuais mudanças na rotina, como viagens, tomar muito sol, essas coisas. E me encaminhou pra refazer os exames. Solicitou um perfil biofísico fetal. Até riu quando foi me recomendar repouso e hidratação e eu disse que já sabia disso. Ela disse que sempre se esquece que eu sou bem informada. 
Segui direto para a maternidade com a solicitação dos exames. Uma tarde inteira entre cardiotocos (sim, 2), ultra e consultas. 
No fim da tarde, o diagnóstico: Tudo ok. O líquido havia voltado aos níveis normais. Placenta normal, movimentação da bebê super normal. 
Em suma, a médica que fez o ultra disse que a redução pode ter sido causada por coisas como estresse, excesso de exercícios físicos e coisas assim, já que não era o caso de perda de líquido pelas vias "normais". Disse que o líquido vai se renovando e por isso é muito importante se manter hidratada. Ainda mais nesse calor senegalês que voltou a fazer nessa terra. Repouso e água e observação atenta. Só isso. E não repouso no sentido de ficar deitada, mas no sentido de não fazer esforços desnecessários. Abaixa, levanta, carrega peso, faxina pesada, essas coisas. Que já devíamos fazer no final da gestação, mas, né? Quem pode se dar ao luxo? 
E assim vamos indo. Um pequeno susto. Já vi meus planos de parto virarem fumaça. Vi uma criança chegando antes da hora e uma mãe que não foi capaz de segurar a gestação até o fim. Foi um gosto horrível e amargo na boca. Ok,drama queen, a gente vê por aqui. Eu sei, não tem nada a ver. Mas na hora a gente pensa um monte de besteiras. 

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

O primeiro palavrão?

Eu até agora não sei bem como aconteceu e que importância dar pra isso.
Mas ontem, coloquei PL no chuveiro para o banho, e quando fui lavar o bumbum dele, a criatura me solta essa:
- Ai, minha bun-da !!! Assim, pausado e perfeitamente audível. Sem saber o que fazer, saí do banheiro pra rir no quarto e contar ao marido. (Quanta maturidade, quem escreveu o post de ontem mesmo?)
Resolvi não dar ibope ao fato e fingir que não era nada demais. Voltei e falei que ia lavar o bumbum dele. Ele não repetiu a palavra, não falou outras, também não fez caso de nada.
 E eu estou aqui, revendo onde ele aprendeu a se expressar assim, e tentando pensar em cada palavra dita perto dele, sim, porque a criança virou um grilo falante. Outro dia no carro, o pai dirigia quando foi fechado por outro e lançou um : - Seu bobão! E Pedro repetiu o bobão umas 5 vezes achando graça. Já eu, dirigia tranquilamente, quando um menino de bicicleta me cortou pela direita e entrou na minha frente, eu disse pra mim mesma: - Eh, moleque, quer morrer? Pedro escutou e perguntou: - I foi, mãe? (Que foi, mãe?)
- Nada filho.
- I foi?
- Nada Pê!
- I foi???
- Foi o menino que quase caiu da bicicleta. 
- Ahhhh (como se tivesse super entendido o que aconteceu)

Agora, me fala: Posso com um menino desse? Faço o que com tanta esperteza? Asso no forno com molho madeira e batatas pra me deliciar de bebê suculento e gostoso?
Definitivamente, meu filho está crescendo! Socorro!!!!!

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Como não amar?

Eu arrumei uma receita infalível pra você mãe que está desesperada com os "Terrible Two's". Devo até aparecer no Fantástico. 
Sim. Está louca da vida com seu filhote pisando na adolescência precoce? Simples. Faça um post, um artigo ou qualquer coisa que o valha. Fale o que sente, o que ele faz, sem pudores. Arrisque-se a ser tachada de #mãedecesárea do ano, por criticar seu filho. Depois publique. Num blogue, numa rede social, onde preferir, mas torne-o público.
Sabe se lá que mágica acontece, mas depois disso seu filho será outro. Experiência comprovada aqui em casa. Depois do post da semana passada sobre a teimosia de Pedro Lucas, o garoto anda tão fofo, esperto e participativo, que dá vontade de refogar e comer com batatas, que é a preferência dele. Tudo com "tatatinha". 
O banho não está tão difícil, dormir também não, quase não se joga no chão, está formando frases com 3 ou 4 elementos, fala horrores o dia todo (confesso que tem horas que eu queria um silêncio), canta parabéns e acompanha todas as músicas que ele gosta, e isso inclui aquele repertório Discovery Kids todo. 
Sexta-feira passada eu estava super mal, achando que era gripe (não era, era sinusite, again) e o garoto tava trabalhado na traquinagem. Pulava, brincava, tomava o inalador da minha mão pra brincar, queria vir no meu colo, queria pular em cima e tal. Eu, num surto de maturidade, me coloquei a chorar, ajoelhada no chão, tamanho o desespero que me assolava (doente de novo, sozinha em casa, morrendo de medo de passar gripe para ele, enfim...). Quando Pedro viu a cena, parou a bagunça na hora, veio até mim e lançou: "-Ti foi, mãe?" Eu disse que tava dodoi, ele foi, pegou a máscara do inalador, me deu, e me abraçou. 
Se isso não é atitude do melhor filho do mundo, me contem o que é!

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Menos expectativas, mais qualidade na gestação.

Engravidar pela primeira vez é virar a "louca da maternidade". É devorar milhões de artigos sobre o tema, é fazer e refazer lista de enxoval. É querer 94857676 ultrassons pra ver a carinha do bebê, mesmo que ela ainda seja uma massa meio disforme e a gente não veja nada muito claramente. É querer que are  barriga cresça logo, pra todo mundo ver que você está carregando uma vida no ventre. É querer roupas de gestante (feiosas) só pra deixar a barriga confortável. "Deus me livre de apertar o bebê".
Daí vem a segunda gestação, te pega desprevenida, porém mais experiente. E você vê ruir seu castelinho de expectativas. 
A leitura sobre o tema, bem como a gravidez semana a semana, dessas que você acompanha nos portais sobre gravidez, parecem não trazer mais novidades. Na verdade, você até se lembra o que o boletim vai trazer. Na correria, talvez você nem leia o e-mail. Verá no celular e jamais abrirá sua caixa postal pra ler de fato.
Fazer ultrassom é bom pra verificar a saúde do feto e tal, mas você percebe que fazer o exame mensalmente não tem grande serventia. Além claro, de fazer com que você arme um esquema todo pra levar seu rebento mais velho junto, e ele vai se estressar com o atraso do laboratório, você vai se irritar, enfim! Ou você o deixará com a avó, e morrerá de culpa, pois achará que não está envolvendo seu filho na chegada do irmãozinho.
São tantas expectativas caindo por terra, que vez ou outra você acha que não está dando a devida atenção pra essa gestação. Mas quando a culpa sai de cena, você vê que menos expectativa é igual a mais qualidade. Mais calma, mais serenidade. Você chega a conclusão de que existem coisas que não são necessárias. Que o enxoval é muitas vezes inútil. você compra mil besteirinhas, e olha só, aquela coisinha que você mais precisará numa madrugada (tipo uma bombinha de leite), você não tem. (E isso é experiência própria)
Li um artigo que dizia que o segundo filho custa em torno de 20% menos para os pais. A princípio, eu fiquei penalizada. Depois analisei e percebi que a economia não é falta de amor, mas resultado de compras mais eficientes. Assim eu pretendo fazer: Dar coisas lindas ao novo filhote, mas que sejam úteis. Necessárias.
E assim vamos seguindo. Aprendendo que existem coisas necessárias e outras nem tanto. Aprendendo que uma calça jeans não "aperta" o bebê nas primeiras semanas. E que quando apertar, pode ter certeza, você não vai caber mais na tal calça.
Acho que essa é a graça da segunda gestação: Contar com a experiência da primeira. Claro que acontecerão mil coisas novas. Situações não vividas, sintomas novos. Mas tudo será mais bem tolerado e recebido. E no meio dessa calma, a nova gestação vai acontecendo de forma mais segura e serena. Vai sendo mais curtida. E quando menos se espera, fim do segundo ato. Novo bebê em mãos. Leve seu pacotinho pra casa, apresente ao seu primogênito, e aí, bem, aí, só Deus sabe o que lhe reserva o futuro. Isso eu só vou poder contar daqui a alguns meses. 

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

“Terrible Twos” batendo forte por aqui...

Se alguém souber onde se encontra, favor me devolver o bebê dócil e meigo que eu sempre tive. Mas o faça rápido, por favor. Estou enlouquecendo.
Estudos dão conta que entre 18 e 36 meses os bebês vivem uma espécie de "adolescência", chamada de "terrible twos". Eu nunca dei bola e acreditava na coisa da educação. Carinho, limites, atenção, isso bastaria pra ter um bebê livre de rebeldia precoce. Ahãm. Senta lá. Assim como os saltos de desenvolvimento (passamos por todos eles, claramente), a fase da rebeldia chegou por aqui.
Pedro Lucas virou o garoto NÃO. Tarefas simples viraram hercúleas. 
- Trocar a fralda? Não. Choro, tentativas de fuga, grito e tempo perdido.
- Trocar de roupa? Não quer tirar nem sob tortura. A roupa "aninha" (leia-se "é minha"). Não quer tirar. Nem trocar. Já ficou de pijama a manhã toda porque eu desisti da guerra.
- Comer? Para os fracos. Brincar com a comida é mais legal. Jogar no chão é muuuuito mais divertido. Descobriu que pode comer sozinho, que não gosta mais do cadeirão e que pode fazer greve de fome. Contra esse último item, eu não estou dando moleza, pois não tolero criança que não come. Diminui os lanches fora das refeições. Ou almoça direito, ou fica sem sobremesa. 
- Dormir é outra tarefa que está chata e demorada. Pula na cama, joga os travesseiros pra cima, levanta o lençol, mexe no quadro acima da cama, rola, enrola, e a operação "nana nenê" nunca é menor que uma hora. 
- Banho então, misericórdia. Porque junta a coisa de tirar a roupa, a fralda e tal, com entrar no chuveiro, ficar de baixo d'água, lavar o cabelo com shampoo, comer o sabonete, enfim. O curioso é que, depois da coisa engrenada, o choro recomeça porque ele não quer sair. Vai entender. 
- Ir à igreja agora é um ato de MUITA fé. Sim. Porque ele vai causar durante todo o tempo. Correr, tentar subir no altar, se jogar no tapete, vai querer chamar atenção. Nos dias em que eu tenho alguma participação no culto, dá vontade de chorar. Descobri o verdadeiro sentido do dito popular "um olho no peixe, outro no gato". 
E a coisa não para por aí. Tudo, absolutamente tudo é motivo pra choro. Pra se jogar no chão. Contra essa palhaçada de se jogar no chão, também desenvolvi uma técnica. Ignorar. Quando percebe que não teve ibope, ele para. Pelo menos isso. 
E não tem sido fácil. Há dias em que ele acorda trabalhado na fofurice. Outros na macaquice. Já perdi a paciência. Isso me irrita. 
Quero acreditar que seja fase, porque de uma coisa eu sei. Eu dei, e dou, educação. Sempre coloquei limites. E os mimos nunca ultrapassaram o limite do bom senso. Então, só posso esperar que seja mesmo uma coisa do desenvolvimento dele, que logo vai passar. 

quinta-feira, 25 de julho de 2013

"Adultização" dos nossos filhos: Aqui, não!!!!

Que nós vivemos num mundo insano e competitivo todo mundo sabe. Temos que ter o maior salário, o melhor emprego, a casa mais legal, o AP mais bem decorado, o cabelo mais liso, as roupas mais bem alinhadas, o marido mais gato, a alimentação mais saudável, o Iphone mais novo, e claro, nessa linha, nossos filhos devem ser os mais inteligentes e precoces da face da terra. Sim, porque qual mãe quer ter um bebê "atrasado", não é? Queremos bebês que crescem na velocidade da luz. Que com 4 anos pedem a chave de casa e com 7 vão morar sozinhos e de preferência, aprovados em Harvard. 
Pausa. Stop. E como diriam os saudosistas, vamos rebobinar essa fita.
Eu, Tatiane, mãe do Pedro, nado na contramão dessa corrente. 
Detesto, abomino que tentem adultizar meu filho. E aos pais que fazem isso, só posso dizer que lamento. É uma pena acelerar o que deve acontecer no tempo certo. E eu acredito que tudo o que nossos filhos aprendem ou tomam gosto é porque nós, os responsáveis por ele, permitimos. Não acredito que os "bebês de hoje já nascem espertos". Balela. 
Por exemplo, Pedro Lucas foi um bebê que ficou deitado no colo até se firmar o bastante pra ficar de pé. Só mesmo ficava de pé, apoiado em meu peito pra arrotar e voltava pra posição de bebê, enrolado no charutinho de manta. Nunca reclamou. Certa vez, uma mulher me reclamou que a bebê dela, de umas 3 semanas, não "gostava" de ficar deitada. Quando eu observei com calma, vi que toda a família a pegava em pé. A garota acostumou. Mas daí a dizer que ela prefere, por conta própria, é outra história. 
E os exemplos não param por aí. Uma avó de outra menininha, uns 2 meses mais nova que meu filho veio toda orgulhosa me mostrar a neta e dizer que ela já tinha saído das fraldas. E que a menina escolhia a roupa que ia vestir todos os dias. A menina viu minha boca com batom, passou o dedo e levou na boca dela. E me mostrou os pequenos dedinhos pintados de rosa. -"Ah, é muito vaidosa" - Disse a avó. 
Eu ri, achei bonitinha, e talz...mas fiquei penalizada. Ainda é um bebê e está se portando feito uma adolescente. 
Por aqui, PL usa fraldas e vai usar até estar pronto pra tirá-las. Não tenho pressa. Se a comunicação verbal dele continuar nesse ritmo crescente que está, ensaiamos um desfralde quando chegar o verão. Sem pressa. No tempo dele. E roupas aqui, ele só escolhe mesmo é a fantasia de índio pelado. Sai do banho todos os dias e quer virar índio, correndo pelado pela casa. De resto, ele nem liga. 
E assim vamos indo. Meu filho, com quase 2 anos, não sabe o que é dinheiro. Não ensinei. Acho feio esse negócio de "Pede Real, neném". No tempo dele, saberá. 
Não é questão de bolha, que aliás, sou completamente contra criar criança dentro da bolha de um mundo perfeito. Acho que proteção em demasia não é saudável. É puramente uma questão de não participar da corrida do filho mais precoce. Eu prefiro deixar que ele cresça no tempo dele. Andou de fato e efeito, aos 14 meses. E eu escutei tanta groselha! Que fulaninho andou com 8 meses, que ciclaninho andou na festa do primeiro aniversário, e blábláblá, deixei de prestar atenção. E fora que né, ele não engatinhava, rastejava de bundinha no chão. E isso era a morte pra algumas mães. Cheguei a ouvir aqui no play do condomínio que depois que ele crescesse, ia regredir e querer engatinhar.  Enfim. Nunca treinei tanto fazer a egípcia, como depois que virei mãe. 
E por aí, como você lida com a "adultização" de nossas crianças? 

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Atualizações Bebezísticas

E então, com 1 ano e 9 meses ele dormiu na própria cama. Sim. Pedro é o feliz proprietário de uma cama novinha. Passados os primeiros dias de pânico, (meu, claro, que ficava na porta do quarto achando que ele ia acordar e pular a grade e cair - trágica mode on) agora está tudo bem. Tem se comportado feito um Lord, dorme com os mesmos hábitos do berço, só que agora mais confortável. Foi uma ótima escolha. E pela manhã, quando ele acorda, já vai pedindo pra retirar a proteção pra ele descer.
Esta sou eu, com um filho em franca evolução.

Seu vocabulário também está em franca expansão. Na loja de roupa de cama, ele escolheu o lençol do "nhanha" (leia-se Homem-Aranha). Aliás, o nhanha na verdade é um conceito que abrange todos os bonequinhos da Marvel que ele tem. Wolverine, Coisa, Flash e Hulk. Todos da turma do nhanha. Mamãe politicamente incorreta ensinou que os bonecos lutam. E agora ele os põe pra lutar!
Já sabe se está "cuio", que ele "dexe" da cama, já sabe que na feira ele compra "buva", que obviamente é uva, "nana", (que só pode ser banana...), "maxã", "peia", enfim.  
Fora claro, os super amados Patati e Patatá, que agora ele fala corretamente e com um som de T bem do interior de São Paulo, aquele do "leite quente" (quem conhece Itu por exemplo, sabe do que eu falo...)
Gosta de "tatatinha", que pode ser também cenoura ou mandioquinha, ele não faz distinção.
Ama de paixão um "cuco" de laranja, mas agora deu pra jogar "bóia" com as laranjas. Ou mexericas, tanto faz. Ou as maças, ou o que tiver de redondo na fruteira.

Está se tornando um linguarudinho. Outro dia deixei papai e neném e fui tomar banho. Papai foi até a geladeira e bebeu refrigerante. Cria foi atrás e também quis. Papai deu e sentenciou: - "Não fale pra mamãe que eu te dei. Segredo tá?"
Eu mal pisei no quarto, onde estava os dois, PL me olha e naturalmente diz: - "Papai coca." - O que filho? Papai bebeu coca? Ele responde com um sim com a cabeça. - E o neném, bebeu também? outro sinal afirmativo.
Posso com um barulho desses? Além de fazer coisa errada, ainda conta.

Enfim, cresce e apronta. Como todo bebê saudável. Tem dias em que ele me enlouquece. noutros está um amor e só quer fazer carinho.
Ficamos doentes os dois juntos. Ele sarou de velho já. Eu ainda estou com a caixa de antibióticos em baixo do braço. Antes assim.
Não sou a mãe mais correta do mundo, não tomo as atitudes certas o tempo todo, mas o resultado que tenho obtido com meu filho todos os dias me diz que sim, eu estou no caminho certo. Mesmo que tateando a maternidade no escuro e aos poucos, vamos nos descobrindo em cada nova fase da vida.
E vem muito mais por aí. Posso garantir.

domingo, 2 de junho de 2013

O que é que eu fui fazer?

"O que é que eu fui fazer?" - Atire a primeira fralda descartável a mulher que nunca, nunquinha na vida materna pensou algo parecido. E deixemos de lado a perfeição tão pregada e alardeada nos tempos atuais. Deixemos as máscaras da felicidade eterna e falemos francamente. Ser mãe é uma tarefa hercúlea e sem fim. Ah, claro, e progressiva também. Você acha que os primeiros meses de vida do bebê são tensos. Cólicas, noites em claro, peitos rachados, livre demanda, cama compartilhada, tudo é cansativo. Mas logo vai passar. Rá! Sinto em informar, mas nessa viagem os percalços não acabam nunca. Eles apenas se modificam. E eu ouso arriscar que assim será até quando meu filho me promover a avó. Sim, porque, quando a coisa fica tensa de verdade, é sempre bom ter uma avó prestativa por perto.
As cólicas são terríveis. Mas a crise respiratória que o bebê sismou de ter com a chegada do outono pode ter enlouquecer muito mais. Amamentar em livre demanda toma tempo. Mas ficar o dia todo atrás da cria quando ela resolve não comer, ah, também não é fácil. Levar o bebê conforto ao banheiro junto com você para o bebê ficar pertinho na hora do banho pode ser trabalhoso. Mas experimenta deixá-lo por 30 segundos no banheiro, ali, em pé, em cima do vaso sanitário. Você volta e ele está com a lâmina nas mãos, barbeando o rosto, como se todos os dias fizesse isso. Você terá um pequeno derrame até perceber que a lâmina estava com a tampa de proteção. Mas aí meu bem, senta porque você irá tremer por uns 5 minutos ainda. 
Há dias em que a criança parece acordar trabalhada na chatice. Tudo é motivo de birra e choro. E manha. E mais choro. Ai, como tem vocação pra chorar. E conseguir o que quer no grito, literalmente.
Tem momentos em que tudo parece que vai desabar. Você se imagina longe dali, num lugar calmo e silencioso, onde não haja brinquedos espalhados. Mas né, é até pecado imaginar algo assim. Tanta gente querendo ser mãe. Então você volta. E olha ao redor. E ri. E pensa que logo vai passar. Ou talvez não. Que talvez sua casa nunca mais volte a ser o que era antes. Mas tudo bem, aposto que hoje tudo está mais colorido do que no passado. (inclusive a parede branca, que foi pintada de giz colorido). 
E daí, como num passe de mágica, o apetite volta, a educação reaparece, o bebê fofo de outrora diz "Presente", lança um "mamãe" e te ganha. Te amolece, enfraquece e espanta qualquer pensamento de queixa. E logo depois disso, ele parte pra um cochilo. E ali, enquanto dorme o sono dos anjos, você observa. E pergunta como pode amar tanto uma criatura tão pequena. E fica com saudade da agitação. E corre no celular pra assistir os pequenos vídeos das traquinagens que ele fez, e você, como expectadora fiel, fez questão de registrar. 

segunda-feira, 11 de março de 2013

18 meses de muito amor!!!!

Oi! Acabei de nascer!
Semana passada, eu juro que foi semana passada, eu contei a notícia de que estava grávida. E sei lá, ontem, eu anunciei que ele tinha nascido
Mas hoje, ele tem 18 meses. Um ano e meio. Não há clichês nesse mundo, que expressem o que sente uma mãe quando vê seu filhote virar um pequeno ser humano, de fato.
Oi! Agora, já tenho 18 meses!!!!!
Todos os meses, quando o Babycenter me manda um boletim sobre o desenvolvimento do bebê, eu deixo escapar umas lagriminhas de emoção. Porque eu vejo ali, como o meu filho é normal...muitas vezes o que ele passou nas últimas semanas ou dias está lá no boletim, explicadinho porque e como acontece. E eu vejo tamanha perfeição, e fico boba.
Hoje, PL é um homenzinho. Cheio de vontades, que ensaia seus primeiros shows de birra e malcriação. Que ensaia suas palavras mais concretas. Quiçá, uma frase. Pedro Lucas hoje já faz coisas conscientes. Sabe os efeitos de um sorriso dele, de um abraço, sabe que consegue o que quer quando dispara um "mamá" pra mim. 
E como meu filho, o lema dele também é "missão dada é missão cumprida." (By Capitão Nascimento). Outro dia ele me aporrinhava na cozinha, e eu disse: - Vai lá no quarto e acorda o papai pra gente jantar. 
E não é que ele foi? E não só foi, como puxou o pé do pai e resmungou até o pai levantar. Eu siorgulho tanto gente!!!! É o meu garoto!!!!!
Muitas coisas acontecem diariamente. As vezes eu tenho medo de não registrar e esquecer. Mas, é tanta gracinha, que também não consigo registrar tudo. Enfim. Não existe melhor máquina fotográfica ou filmadora que memória de mãe apaixonada. Então...o que não for registrado pelas máquinas, está registrado no meu coração. 
E ó....acho que acabo de escrever o maior clichê desse texto! Uhu!!!! 
Então, pra terminar, só posso dizer que eu estou imensamente feliz por meu bebê estar lindo, fofo e esperto. Cada dia mais. Que Deus o conserve assim!!!!! 

sábado, 9 de março de 2013

A decisão pela escolinha.


Agora é oficial. Bebê está em adaptação na escolinha desde quarta-feira. Esse é um assunto (mais um) bem difícil pra mim. Uma parte de mim chora e se descabela de culpa. A outra, respira aliviada por ter um momentinho alone. Até lavou os banheiros, veja só.
A questão é que do jeito que está, não dá. Tá difícil, tá pesado. Me sinto sufocada. A questão não é o bebê, não me eleja uma péssima mãe. 
A questão sou eu. Eu não me encaixo nessa vida de dona de casa e mãe. Sou atrapalhada. Não gosto de afazeres domésticos. Faço rápido pra me livrar logo deles, e com um bebê em casa, limpeza e arrumação é quase impossível, seja rápida ou demorada. Fato é que estou enlouquecendo. Protelando levantar da cama só pra não ter que recomeçar a rotina novamente. E minha rotina é solitária. Não tenho ninguém por perto que segure a cria para eu ir ao supermercado, ou açougue, rapidinho, ali na esquina. Tenho que levar o baby. Ninguém pra distrair enquanto eu tomo um banho. Ou vou fazer as unhas. Com o tempo, eu me tornei expert em passar a roupa com uma mão e segurar a tábua com a outra. Porque a criança não pode ver a tábua montada, que acha que é pra brincar de cabaninha. Daí, se esconde embaixo dela, leva junto os carrinhos, os Patatás, e tudo o mais que ele encontrar. 
E tem a questão de que eu quero voltar a trabalhar. Eu preciso disso. Sério mesmo. Claro que agora a coisa é diferente. O salário não é o mais importante. Tenho que prezar pela cria. Distância da minha casa, horário de trabalho, quantos dias da semana, tudo tem que ser levado em conta. 
Não tá fácil. Já recusei proposta. Já doeu na Tati profissional. Mas a Tati mãe achou melhor assim. Então, continuo procurando algo que atenda minhas necessidades. Tem que existir algo pra mim.  
E já que pretendo trabalhar de novo, a cria vai ter que ir pra escolinha. Por isso, optei por começar com algumas horas ao dia, pra ele ir se habituando. 
Depois de muito pesquisar e ponderar, optei pela escolinha onde meu sobrinho fica. Até a pediatra do Pedro concordou que poderia ser positivo pra ele ficar perto do primo. Seria um porto seguro no momento da adaptação. 
Então, desde quarta-feira ele está em adaptação. Ele e eu. Sinto-me devastada em deixá-lo e ir embora sozinha. Mas acho que vai ser positivo. E que Deus me ajude nessa nova fase. Que dê certo, se for pra dar. Ou que eu sinta que não vai dar e pronto. O que eu quero mesmo agora, é um abraço fofo e macio. Reconfortante, que me diga que tudo vai se ajeitar. E que meu filho não vai sofrer. Alguém se habilita?

sábado, 2 de março de 2013

Das escolhas acertadas que fiz na maternagem.

Das escolhas acertadas que fiz na maternagem, uma com certeza foi campeã: Acostumar o bebê a dormir no berço. (Mas, confesso: a iniciativa foi do marido, não minha)
Esse assunto sempre foi meio controverso pra mim. Eu o queria perto, mas ao mesmo tempo precisava do meu espaço. E assim a coisa foi degringolando. Ele cresceu, tornou-se um espaçoso e voluntarioso.
A hora de dormir nunca seguiu um padrão rígido aqui em casa. Nem de costumes e nem de horários. Eu administrava a hora de dormir de acordo com a soneca da tarde, ou com o horário dos adultos dormirem. E cada vez eu me enrolava mais nisso. Vida corrida, horários malucos, bebê estava indo pra cama cada dia mais tarde e demorava mais pra dormir. E o dormir consistia em sentar na minha cama, e dar colo até ele dormir em meus braços. Foi-se a fase das músicas, das orações bem baixinho no ouvido dele, do silêncio, do barulho, do claro, do escuro. Tudo fases. E logo ele enjoava delas e o dormir era mais traumático.
No final de 2012 eu estava virando um farrapo humano. Show diário na hora do sono. Gritaria, madrugadas em claro, 15 minutos de berço e horas na minha cama - de atravessado - tirando minha paz e me dando dor nas costas.
Papai e mamãe perderam a referência de casal normal que se recolhe no quarto. Caos. Stress.
Até que um dia, num desses lampejos que a gente tem, marido levantou e disse "Chega. Ele vai dormir no berço." Levou a criança pro berço, e ficou lá até ela dormir.
Neste primeiro dia, foram mais de 2 horas de choro, berros e manhas. Eu, trancada no meu quarto quase infartando e indo resgatar a cria. Mas achei que o pai também devia participar e deixei. Coração sangrando.
Nas noites que se seguiram a coisa foi melhorando aos poucos. Eu inventei o "dar a mão pra mamãe" pela grade do berço, e ele começou a dormir segurando minha mão.
O fato é que, em poucos dias ele começou dormir com mais facilidade dentro do berço. Parou de chorar. Entendeu o processo. E agora até gosta de dormir no espacinho dele. Acorda várias vezes durante a noite, pede a chupeta que ele mesmo cospe, eu dou a chupeta, ele volta a dormir. Mamar, ele mama dormindo. Rá! Piada, eu sei. É só oferecer o tetê, ele abocanha e mama sem se importar em abrir os olhos. E não, não engasga. Agora, se deixarmos ele acordar com fome, claro, bota a boca no mundo, que de bobo ele não tem nada. 
E desde o início de dezembro a coisa entrou nos eixos dessa forma. 
Papai e mamãe voltaram a ter privacidade e conforto na própria cama. E isso é um bálsamo na loucura da maternagem.
Porque uma coisa é fato: Tatiane com sono é o monstro do pântano com fome. Tatiane sem sono é só um monstro. 
E sono é importante. Tanto para o pequeno, quanto para a família.  

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

E eles se encontraram no presente...

Enzo visitando Pedro, ainda na maternidade.
A diferença de idade entre eles é de exatos 16 meses. Quando o mais novo chegou, isso parecia um abismo. Um pulava feito pipoca, o outro mamava e dormia. Um não entendia o que o outro fazia. O mais velho queria cuidar. Segurar no colo, dar a chupeta, talvez achava que fosse um bonequinho. O mais novo permanecia alheio a tudo isso. 
Com o passar dos meses começou uma pequena interação, sempre claro, intermediada por um adulto. O mais velho em plena expansão de vocabulário achou um jeito de chamar o mais novo: "Minha Pepê". Começaram as risadinhas, os primeiros toques, e os dois iam crescendo ali, debaixo dos nossos olhos. 
Enzo com 18 meses e Pedro com 2.
Não são irmãos, são primos. Então, não se veem todos os dias. O que rendeu várias vezes um sentimento de saudade no mais velho. 
Olha o tempo passando bem debaixo do nosso nariz.
O tempo foi passando. O mais novo crescendo e se desenvolvendo cada dia mais, começou a entender que o quarto do primo podia ser um lugar mágico. Cheio de brinquedos e pasmem: uma cama. E eles adoram pular na cama feito pipoquinhas saltitantes. 
Ensaiando as brincadeiras.
Eu não sei bem como aconteceu. Mas eles se encontraram. Hoje, 17 meses após o nascimento do mais novo, eles já são amigos. Já brigam brincam juntos. Já se telefonam pra dizer que estão com saudade. Já querem ficar juntos. E quando estão, claro, resolvem disputar o mesmo brinquedo. Já se deram os primeiros tapas. Brigaram, fizeram as pazes, correram, fizeram a avó de refém. 
Crescemos. Alguém reparou? 
Eu acho tudo isso lindo. Acho que é assim que deve ser. Acho que a família deve estar sempre presente em nossas vidas. E fico toda boba, observando como eles, Enzo e Pedro, cresceram bem debaixo do meu nariz. E o "minha Pepê", já virou "Peto Ucas". Assim...lindamente errado! 
Eu só posso pedir a Deus que esse seja somente o início de uma linda amizade e amor entre primos. 

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Ontem foi um dia difícil.

Daí que ontem foi um dia difícil. Chuva o dia todo na terra da garoa. Piada infame. 
Bebê acordou cedo. Com disposição pra correr o mundo. E não se contentou com os míseros metros quadrados do apartamento. Tocou o terror, espalhou brinquedos e objetos da casa. Queria companhia. Queria seus DVDs, mesmo que só pra rodar. Não para assistir.
Eu, por minha vez, queria paz. Queria usar o computador. Queria ler. Queria procurar emprego. Tarefa que mal comecei e já me deixa ansiosa demais. Queria fazer as unhas, mas tive que desmarcar. Chuva que não parava de cair.
Chovia lá fora e chovia dentro de mim. Um pouco dessa água vazou em forma de lágrimas por 2 vezes. Exaurida, sem forças, sem ânimo. Era assim que eu me sentia. Queria mesmo dormir pra que o dia acabasse logo. Mas não. Há uma criança na história, alheia a tudo isso, querendo só brincar. Criança que acha graça em ver as lágrimas da mãe. Que vê o pai chegar na porta e já chama pra brincar. E o puxa pela mão, e depois puxa a mãe do mesmo jeito. Todos brincando. 
Talvez a solução de tudo esteja aí. Brincar mais. Levar a vida com mais leveza. Talvez eu não esteja aguentando o peso que escolhi carregar sozinha. O peso das minhas escolhas. 
Ou talvez não seja nada disso. Seja apenas TPM. Ou falta de sol. Porque essa pessoa não funciona bem quando o sol desaparece do céu. Nublou lá no alto, nubla aqui dentro, isso é fato. 
Depois a noite chegou, um banho quente, e tudo foi se acalmando.
Ontem, definitivamente foi um dia difícil. Mas outros virão e hão de ser melhores.  E espero que neles eu consiga manter o regime. Porque ontem, o dia difícil se tornou também o dia em que eu dei um balão no regime. 

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Um sonho muito louco.

Bebê super animado com o passeio
Semana passada tive um sonho muito louco. Sonhei que ia visitar uma grande amiga, lá no Rio de Janeiro. Viagem tranquila, rapidinha, bebê calmo, até ganhou uma poltrona só pra ele. Avião no chão, vista linda, mas a empolgação de ver o lugar pela primeira vez, somada a um bebê bem pesado querendo bagunçar, me fizeram deixar as fotos para depois. Daí eu encontrava a amiga, que já me esperava e começou uma série de coisas engraçadas. Primeira delas: O trânsito. Uma loucura estava. Mas pudera. Sexta-feira, início de noite, verão, pancadas de chuva, tudo favorecia. A primeira coisa que tínhamos planejado já caiu por terra. O plano inicial era ir até Niterói. Jantar e quem sabe encontrar outra amiga querida, a dona do Quartinho mais fofo da blogosfera. Mas, planos adiados. 
O legal de tudo é que o marido da amiga era um excelente guia turístico e ia nos contando tudo sobre os lugares que passávamos. "Ali, a igreja da Candelária. Vocês conhecem?" Todo educado. Eu, nem tanto: "Ah, sim, a da chacina né?" E aí as risadas começaram a fluir naturalmente...passamos pela Linha Vermelha, vimos as "barreiras acústicas" postas pela prefeitura na ocasião do Pan-Americano. Tudo pelo bem estar da comunidade, claro, vimos  vários pontos turísticos, conhecemos a história podre do ex-prefeito de Duque de Caxias, que sumiu e deixou a cidade um verdadeiro lixão (no sentido de não pagar os coletores, e o lixo se acumular nas ruas), enfim, tudo cômico, se trágico não fosse. 
Tivemos uma noite agradável entre amigos. Meu marido, vejam só, até panquecas comeu. 
No sábado as coisas ficaram bem loucas. Bebê, que neste sonho já chegava no Rio de Janeiro meio avariado e cansado, pois claro, a mãe louca o havia feito viajar duas vezes em 10 dias, e em fase de nascimento de dentes, ficou bem chatinho. Acho que estranhou também um pouco do calor, e ficou meio desarranjado. Mamãe precisava trocar fraldas e roupa toda a cada 20 ou 30 minutos. Isso reduziu muito nossas chances de fazer um bom passeio. 
E olhem só, coisa que só acontece em sonho. Rio de Janeiro estava lotado. Copacabana não tinha nenhum lugarzinho pra parar o carro. Só mesmo no posto de gasolina, onde meu filhote praticou nudismo. Sim. Calçadas de Copacabana, e o garoto ali, nu em pelo. Realmente, cada mergulho é um flash naquele lugar. 
Uma coisa que vale a pena citar, é que sonho louco é sonho louco, e nesse, pasmem, não havia Cristo Redentor no Rio. Sim. Desde sexta-feira até domingo, nada de Cristo. Minha amiga bem tentou me convencer que um morrinho lá era o Pão de Açúcar, mas veja bem, havia uma nuvem enorme em volta dele, e nada de Cristo. De modo que pode ser qualquer morro. 
Bom, ainda almoçamos e demos uma esticadinha até Petrópolis. Sonho doido mesmo. O calor do Rio em instantes dava lugar a uma temperatura bem perto de "geladinha" lá na serra. 
Ainda tivemos pastel feito pelos maridos, vejam só, nós meninas, cuidando de nossos filhotes (o da amiga na barriga e o meu nos braços) e eles, os esposos lindos e prendados cuidando da janta. Ó, que coisa de sonho. Rimos muito com um tal colchão inflável, que alguém queria encher na boca. Rá! 
Descabeladas, na serra de Petrópolis
No domingo, ainda sonhávamos em correr até Niterói. Mas as horas passaram tão rápido, que mal acordamos e o avião já nos chamava pra embarcar. E foi assim que na hora do almoço de domingo, marido, filhote e eu já estávamos em terras paulistanas novamente. 
Ah, e só pra constar: As fotos que eu não tirei quando cheguei, também não tirei quando fui embora. Porque  na manhã do domingo chovia e o céu estava bem fechado. Fica a lição: Tire fotos no momento em que tiver vontade. Porque até a paisagem muda. 

Brincadeiras de lado: Van, amei conhecer seu mundinho, sua família e tudo. Amamos o carinho e hospitalidade com que vocês nos receberam. 
Sei que não fizemos tudo o que planejamos, mas a vida é assim. Sempre nos surpreende. 
Não deixe para amanhã, as fotos que você pode fazer hoje! #ficadica
Quanto a mim, fica a vontade de voltar e conhecer tudo mais de perto. Porque né, Rio de Janeiro sem Cristo Redentor não rola. E ainda fico devendo uma visitinha pra Dany! 

E assim é a vida. Uma coisa chamada internet te aproxima de pessoas que você nem sonhava em conhecer. Num dia você faz um comentário no blog da pessoa, e tempos depois, (anos, tá?) puft, está de mala, cuia e família na casa dessa pessoa. Sonho que nada, a vida é que é muito louca.  


quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Era uma vez os cachinhos!

Quase esqueci de anotar que meu bebê não tem mais cachinhos. Foram decepados. Aniquilados. Jogados ao chão sem dó. Aliás, eu acho que agora nem tenho mais um bebê, tenho um homenzinho. 
O fato é que a cabeleira de filhote deu vários saltos de crescimento. Ele ostentava cachinhos enormes. E o calor chegou forte por essas bandas. E o povo na rua começou a pensar que o menino era menina. Gente desatenta. Porque o garoto tem a maior cara de HOMEM. Sobrancelhas quase "monocelhas". Roupas de molequinho, quase nem usa body, (mamãe chora por isso) só camiseta e bermuda. É bruto como todo machinho. Não faz carinho, dá tapas. E o povo ainda chamava de menina. $%#%¨(&¨%$!!!!! 
Bom, o fato é que papai queria cortar o cabelo do menino. Eu protelei a decisão o quanto pude. Mas né...o voto do pai também tem que contar. Então vá lá. Vamos cortar. Pensei em deixar os dois sozinhos nessa empreitada. Depois achei que baby poderia fazer escândalo e resolvi ir junto. 
Sábia decisão. A criança fez uma cena digna de novela. Berros, escândalo, choro, porradas no cabeleireiro e litros de lágrimas que se misturavam com os cabelinhos que caiam. Uma festa da paçoca. 
Até tentei fotografar, mas a coisa foi tensa e desisti disso. 
E agora eu tenho um menininho com cara de menininho. Que já teve o primeiro corte de cabelo. E nunca mais vou enrolar os dedos nos cachinhos dele. Pode rir, mas eu sofri. Por isso eu queria um bebê careca. Assim, só cortaria o cabelo lá pelos 15 anos. Quando eu já tivesse mais conformada com a passagem do tempo. Hunft!!!!!