quinta-feira, 25 de março de 2010

Mais um conto da pseudo escritora !

"- É aqui moça. Chegamos.
Joana desceu do taxi e olhou em volta. Quase nada a se ver. Algumas casinhas, umas poucas e magras vacas pastando, um laguinho que mais lembrava uma poça. Respirou fundo abrindo a porteira. Contava que alguém já estivesse aguardando sua chegada. Ao ver um homem ali junto das vacas foi pedir uma informação.
- É só seguir em frente. É aquela casa grande e amarela.
Quando chegou a casa, foi recebida pelo capataz, que a levou até a patroa. Joana custava a crer na decisão que havia tomado. Mas agora, estava feito.
- Mas bons ventos o tragam Joana! Esperava por você ansiosa. Venha, vou lhe mostrar a fazenda, a escola, e claro, seu quarto. Ou está cansada demais? Quer fazer isso depois?
- Não senhora, vamos já. Conheço primeiro e descanso depois.
Joana era professora primária. Lecionou em São Paulo por vários anos. Essa era sua paixão. Mas nos últimos tempos, estava cansada de tudo o que a cercava. Escola com alunos desinteressados, colegas de profissão mais desinteressados ainda, a mesmice de sempre, a progressão continuada que aprovava crianças que não estavam aptas, uma série de fatores a estavam perturbando. E claro, sua vida pessoal não estava ajudando. Oito anos se dedicando ao marido e ao casamento, que afundava a cada tentativa frustrada de ter um filho. Um dia, Joana acordou e pensou que ali não era mais o seu lugar. Usou os contatos que tinha lá na cidade nordestina de onde há muito tempo seus pais saíram para fazer a vida. E de repente, não mais do que isso, estava lá. Com as malas na mão, sendo contratada como professora na escola rural de uma fazenda de café. Fazia o movimento contrário de seus pais em outrora. Sentia-se livre. Porém um pouco amedrontada. O marido não fez objeção a sua partida. Talvez até tivesse ficado aliviado. A escola, seus alunos? Com certeza já a tinham substituído.
Joana pensava que tinha muito pouco nessa vida e que era preciso arriscar. Cansada da vida corrida e infeliz, deixou tudo para trás.
- Então...isso é tudo Joana. Seu quarto é pequeno mas bem arejado. Colocamos um ventilador para o caso de você estranhar o calor.
- Obrigada Dona Selma, o quarto é ótimo.
- Você gostaria de ligar para São Paulo, avisar de sua chegada?
- São Paulo? Não senhora...não é necessário. Como sabe, meus pais já se foram há alguns anos. Não tenho mais ninguém pra avisar.
- Então vou deixar você descansar. E vá comer alguma coisa. Deve estar faminta.
- Ah, sim, claro..obrigada!"

                                                                                                 Continua...... (se você estiver disposto a acompanhar meus delírios claro...)

4 comentários:

  1. Ai Tati, rsrs, cortar a história em partes que maldade, estou anciosa pra ler o resto.
    Que tadinha dessa Joana, e como assim foi embora e o marido? nem ligou? o casamento acabou assim ? fácil?

    espero q não demore o resto do conto rsrs

    Beijo

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  2. Tati, lindíssimo texto! Você é sim uma escritora, não pseudo!!! Fiquei curiosa com a história. Isso dá um conto, hein? Vá em frente! Escreva sem medo! Está ótimo! Parabéns!
    Carinhosamente,
    Maíra

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  3. Ola,querida Tati.
    Sempre acompanho seus delirios,pode acreditar.De onde sai tamanha inspiracao?Ja pensei que um Duende te visita,sempre as escondidas, e sopra essas ideias geniais na sua cabeca,rsrsr.Esta otima a estoria,quero ver como termina.
    Beijao,bom fim de semana.
    zenaide storino.

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  4. Tatiiiiiiii! Que saudadeeeeeeeeeeeee!
    Gostei do seu conto hein! Pseudo escritora nada! è praticamente profissional!
    Beijos!

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