segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Coleiras para bebê? Sim? Não? Talvez?

Outro dia, a Dany do Quartinho da Dany, uma fofa de marca maior, publicou um post sobre assuntos polêmicos da maternidade. Entre eles estava a tão comentada "coleira para bebês". Eu prefiro chamar de mochila. Nos comentários dela eu teci minha opinião e agora venho discorrer no meu espaço. 
Olha nosso leão aí! Imagem daqui
Bom, quando eu li a respeito, logo me interessei. Eu ADORO novidades maternas. Simples assim. Acho o máximo as facilidades de nosso tempo. Coisas que minha mãe não teve quando eu era criança. Então fui me informar, vi que tinha uma polêmica em torno da tal coleira, mas gente...achei tão prático e seguro aquilo, e tão fofo ainda por cima. Apaixonei. Então fiquei quietinha esperando o momento, porque né...bebê que não anda não precisa disso. Daí meu filhote começou a ensaiar uns passinhos e eu mais que depressa fui comprar uma mochilinha pra ele. Na loja ele viu um leão e um macaco. Eu mostrei os dois e ele agarrou o leão e não queria mais soltar. Foi feita a escolha. 
E agora que ele já está firme nos passinhos e não quer mais o colo, começamos a introduzir a nossa "mochila" nos passeios tipo shopping (não adianta negar, eu curto muito passear no meio das vitrines - fato).  
A primeira vez eu fiquei meio receosa. Mas foi um sucesso tremendo. Acabou que as pessoas paravam pra ver meu filhote com seu leãozinho nas costas sendo guiado pela mamãe. (claro, é muita fofurice pra uma criança só!). Lógico que isso não foi unânime e nós recebemos vários olhares de reprovação. 
Quando usamos a mochila ouvimos comentários de todos os tipos: curiosos, engraçados, reprovadores, aprovadores, enfim...eu sinceramente não ligo. 
O ser humano tende a reprovar aquilo que não conhece, aquilo que não lhe é comum. E no mundo materno tem tanta coisa nova!!! Quando eu usava sling também escutava vários comentários. Gente que perguntava se a criança não ia sufocar, gente que chamava o sling de "saquinho", gente que dizia "coitado, as perninhas ficam encolhidas, vai machucar". Isso pra citar só os meios de "transporte" que meu filhote faz uso. Porque tanta coisa causa discórdia, que bem...é melhor deixar pra lá! Rs.
O fato é que eu uso sim a "coleira" pra bebês. Ela não é um monstro, eu não sou um monstro, não estou fazendo meu filho de cachorro. Ele curte passear, e aproveita essa liberdade pra entrar nas lojas que ele quer (espertinho esse menino!). Em breve eu terei uma situação em que acho que esse cuidado (sim - eu acho que mantê-lo perto de mim com a guia da mochila é um cuidado.) com o baby vai ser extremamente importante, então na verdade estamos treinando para quando essa situação chegar. 
E assim vamos indo. Pedro vai na frente e mamãe vai atrás, visivelmente no controle. Mãe possessiva, a gente vê por aqui. Rá!

P.S - Quem passou por aqui logo no início viu um blogue com nome totalmente diferente. Eu tentei, mas não consigo deixar de incluir meu filho em tudo o que faço...então remodelei (de novo) o bloguinho. Aos poucos ele vai tomando forma! Obrigada pela paciência.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

A morte, os filhos e os medos.

Sábado eu assistia ao programa da Supernanny brasileira, e a família apresentada me emocionou. Três filhos, com 20, 12 e 8 anos, morando sozinhos. Pai morto de câncer em 2007 e mãe morta pelo mesmo motivo em 2010. A irmã mais velha assume então o papel de responsável pelos irmãos. O que se vê daí em diante dá nó na garganta da mais fria criatura. Todos tristes e perdidos. 
Fiquei tocada de verdade porque me coloquei no lugar deles. Angustiante pensar em tanta tragédia junto. Perder o pai, a mãe, e ter que continuar a vida sem referencial. Já vi uma situação parecida bem perto de mim, e posso dizer que os efeitos dessa tragédia são devastadores. Filho sem pai é barco sem rumo. A deriva, e demora até que os caminhos voltem a fazer sentido.
E também, me coloquei no lugar de mãe mesmo, e pensei como seria deixar meu filho sozinho neste mundão. Imaginei a falta do colinho que só a mamãe sabe dar, ninguém para distinguir o choro de manha do choro de dor, ninguém para arrumar seus cachinhos de cabelo atrás da orelha. Imaginei como seria não ter a minha referência, talvez ter a minha lembrança cada vez mais apagada na memória dele, nas mãos de alguém que não faça questão de me manter viva pra ele. Enfim. Tremi nas bases. Chorei de medo dessa possibilidade e naquele momento minha única vontade era de que todas as mães fossem eternas para seus filhos. Que todas nós, mães de plantão tivéssemos a certeza de que poderíamos criar nossos filhotes até que eles se tornassem adultos, fortes e capazes.
Eu sei que não há certeza de nada nessa vida, então corri e abracei meu filho. Senti o cheirinho dele. E como todas as noites, quando foi para o berço, ele ganhou um beijinho no rosto e uma promessa de que, enquanto eu puder, estarei ali do lado. Sempre alerta pra quando ele precisar. E fiz uma oração pra que Deus me conceda a graça da vida longa e saudável. E que meu filho me tenha enquanto precisar de mim.