sábado, 17 de março de 2012

A maternidade, o desemprego e a nova vida!!!

Eu protelei pra falar disso porque ainda dói. Sim, depois da minha licença eu tomei um pé. Demitida sem mais delongas. Mesmo que eu já esperasse isso, é besteira dizer que não doeu. Machucou muito. Sabe por que? Porque eu nunca saí de casa pra cumprir tabela no emprego e garantir um salário. Eu sempre saí vestindo a camisa do trabalho. Trabalhando com afinco e determinação. Com honestidade acima de tudo. Não cabe aqui detalhes da situação, o que cabe é dizer que me sinto um lixo. Jogada fora. Dona de casa em tempo integral?  Comofaz? Eu não sei e nem quero aprender! Nunca fiquei em casa vendo a banda passar. Acho pequeno, acho que EU posso mais, que sou mais que uma mulher que pede dinheiro pro marido pra comprar uma calcinha. Claro que pro bebê isso é ótimo. Ele precisa de atenção full time, mas isso é passageiro também, que logo ele vai crescer e desgarrar da mamãe. E até hoje não vi criança nenhuma morrer por ter que frequentar a "escolinha" desde bebê. Ao contrário, tenho vários resultados positivos com crianças de amigas. 
Muitas coisas ainda estão sendo pensadas, equacionadas, equilibradas. Eu tenho um diploma do qual nunca usufruí. Nada está perdido. Só eu. Eu me perdi nesta nova vida que parece um labirinto. Acordar sem ter pra onde ir, não ter que me arrumar, não escolher uma roupa, não sair pra almoçar e bater papo, não ver as novidades das vitrines, não ter uma sexta-feira pra amar (afinal todos os dias são iguais). Tudo isso tem sido pesado demais pra mim. 
Eu confesso que durante os meses de afastamento eu até cogitei pedir demissão pra cuidar do bebê (oi, meu nome é hormônio), mas logo desisti. E acho sinceramente que o direito de decidir isso era meu. Se dava pra trabalhar ou não, eu é que tinha que decidir. Enfim, não deu. Fica a lição, fica a experiência. E fica um milhão de coisas pra organizar. 
Eu me conheço. Sei que preciso de um período de luto pra depois voltar com força. Sempre precisei de um tempo pra enterrar meus mortos sabe? Pra curtir a fossa, e depois recomeçar. E vai ser assim agora também. Muitas vezes eu vejo as pessoas fazendo coisas e tenho vontade de estrangular. Mas depois passa. Minha irritação anda a mil. Minha acidez também. Mas sei que tudo vai passar. Porque a vida se encarrega disso pra gente. A vida ameniza as dores. Leva pra longe a cada dia um pouquinho mais. E se a vida leva a dor pra longe, Deus há de me trazer uma grande oportunidade de virar o jogo.
E agora eu preciso ir, porque meu novo patrão atende pelo nome de Pedro Lucas, acabou de completar 6 meses de vida e tá gritando por mim. Porque gritar e  balbuciar sílabas misturadas é o novo choro do menino! 

8 comentários:

  1. Tati,

    Sinto muito pelo que aconteceu! Sei que doi, sempre doi essas coisas, fui mandada embora com 4 meses de gestacao e demorou um pouco pra curar a dor, mas curti bastante a gestacao, quando ela fez 4 meses eu ja estava fora trabalhando. TEnho certeza que Deus esta reservando algo muito bom pra vc e logo logo vc levanta, sacode a poeira e arregaca as mangas e acha algo otimo!

    Ficar em casa nao eh facil tb nao ne? Nao tem intervalo, nem descanso, mas eh cheio de happy-hours ne??rsrs

    Beijao para vcs :)

    Saudades daqui...

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  2. Tati, terminei de ler seu post com ódio dessa empresa!!! Infelizmente, ainda é enorme o número de empresas que faz isso. Deveria ter uma multa, sei lá...

    Sobre ficar em casa full time, eu nunca fiquei. Na verdade, eu trabalhava muito qd Caio era bebê e, Tati, me arrependo, viu? Se eu pudesse voltar atrás, não teria colocado meu filho tão cedo na escola por vários motivos (depois te escrevo um e-mail dizendo quais). Pedro precisa de vc, pensa nisso. E se for full time, ele vai aproveitar mais ainda. Na primeira infância, o bebê precisa da mãe bem perto e por bastante tempo. Pra aliviar seu coração, leia o livro A Criança Terceirizada. Sério: o autor vai te convencer que ficar com seu filho é o melhor. É um livro que vale a pena.

    Tente ver essa demissão como uma oportunidade de se doar ao seu filho integralmente. Curta isso, Tati.

    Outra coisa: se quiser trabalhar, é uma boa ideia dar aula. Não tem nada melhor pra uma mãe de um bebê que ter um emprego com horário flexível. Ajuda muito!

    Nada do que escrevi é regra. Só tô contando a minha experiência e indicando um ótimo livro sobre o assunto. ;-)

    Fique com Deus, minha amiga.

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  3. Oh minha amiga...
    Eu sei o quanto voce ficou triste com toda essa situação...
    Eu sou diferente, penso diferente e talvez não consiga sentir a dor que voce sente, mas posso imaginar. E não gosto de te imaginar triste... Gosto de te ver alegre, feliz, cheia de novidades e sonhos... no entanto é o que voce disse, precisa desse período pra depois voltar forte, então se precisar desabafar, me manda um email... a quanto tempo não trocamos um daqueles emails gostosos? Ai amiga, saudades mil de voce... Minha vida anda tão corrida... tão doida... tenho tantas coisas pra te contar e cadÊ meu tempo?
    Enfim... Tenta ficar bem... Não posso estar aí pra de dar um abraço apertadinho, mas ainda tô aqui tá? E te amo!

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  4. ESTOU LENDO SEU POST NUM MOMENTO MUITO COMPLICADO, PROFUNDO E DOLOROSO TBM. digamos q por motivos distintos eu tbm me vejo perdida como vc, sem rumo e sem perspectivas. eu tbm tenho um diploma e posso começar daí, assim como vc, mas dói se sentir menos, inútil e sem função. sim. dói. eu tbm aproveito para estar ao lado do heitor o quanto ele precisa, mas tbm acredito que estar 'longe de mim na escolinha' é parte do processo e não tenho alma de mãe-full-time. isso tbm doeu quando percebi pq me culpo, me culpo por me cansar de ser mae as vezes e querer ser tbm eu, profissional e ganhar meu dinheiro. nessas horas eu tenho raiva daquela dona patroa que resolveu queimar o soutiein em praça publica. aposto que ela só queimou pq a porcaria incomoda pra burro. desculpe... olha. tudo passa SIM. lembra do portal? do portal do parto? então, a gente passa por ele toda hora... a gente se reinventa, se reconstrói e caminha. continua caminhando... tá? beijos.

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  5. Companheira sei exatamente o q está sentindo e eu nem estava grávida...rsrsrsrs.....mas acredite isso vai passar e você vai virar o jogo e mais forte e mais madura e p/ aquele filho da mãe uma enorme banana e q a vida se encarregue de dar o troco...pq esse merece viu.

    Seu recomeço profissional logo chegará, você é uma super profissional nós duas sabemos disso, então acalme seu coração que Deus está te preparando o melhor para você e sua linda família.....bjusssss no seu coração e Ráaaaaaaaaaaaaa p/ esses vermes que se dizem patrões miseráveisss...rsrsrsrs.

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  6. putz...q sacanagem! revoltante isso!!!
    não tem uma lei q proíba a empresa de demitir qdo volta da licença maternidade?

    bom, seja lá como for, agora já está feito, e como disse a Dany, aproveita esse tempo pra se dedicar integralmente ao seu filho...coloco como meta ele completar 1 ano, aí vc procura emprego com calma, com horário bom pra vcs...

    boa sorte!!!

    Beijosssssssssssssssss
    ┌──»ʍi૮ђα ツ

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  7. Nossa Tati que chato, não havia lido esse post ainda...
    Mas ó...acredita na sexta passada, dispensei um emprego com bom salario...+ plano de saude + vale refeiçoes... pra me dedicar aos cursos de modelagem e costura que to fazendo, só para poder continuar em casa com meus pimpolhos?
    éeeee amiga, escolhas... que no momento considero sábia.

    beijos

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  8. Isso que aconteceu com vc, já aconteceu com conhecidas minhas, é chato e magoa, só quem vai achar legal é o baby, que vai ter a mamãe por mais tempo.

    bjs

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