quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Recortes dos últimos 20 dias! (Os primeiros de Helena)

* Clichê total: Não tá fácil! Mas não tá mesmo! Sendo bem franca: Algumas vezes por dia tenho me perguntado o que eu fiz da minha vida! No auge da crise. Depois passa. 

** Como mãe de segunda viagem, no que tange os cuidados com o bebê, isso sim, é mais tranquilo. E falo do basicão mesmo: identificar o choro, trocar, dar banho, ouvir orientações do pediatra (e discordar), quanta tranquilidade adquirida com a experiência. 

*** A soma de Pedro + Helena vivendo sob o mesmo teto ainda é delicada. PL sente ciúme, claro! A cada visita que chega, mesmo a família sempre presente, é um show. Ele grita, quer se aparecer, faz cena e depois se acalma. Quando estamos só papai-mamãe-bebês, aí sim ele é outro. Maduro, quer ajudar, segurar, um fofo! 
Ontem eu estava ao telefone na varanda. Bebezinha começou a chorar. Ele foi até o carrinho, olhou, deu beijinho no pé. Ela não parou. Ele repetiu o beijo e saiu. Voltou. Olhou de novo e disparou:
-Ô mãe, vem cá, ela quer você! 
Ele a defende, acho que vai ser um irmão protetor. Hoje pela manhã amamentei na cama dele. Ele pegou um urso e imitou a cena da amamentação. Inclusive com uma almofada embaixo do urso, pra apoiar.

**** Eu falei em visitas aí em cima? Acabei de ganhar uma lição de vida: Experimente estar num momento feliz porém delicado, acrescido de um problema familiar gigante. Some o puerpério, os cuidados com a casa, o filho mais velho, e tudo o que você tiver de complicado. Aí olhe em volta. Você vai perceber que as pessoas que lhe estendem a mão pra ajudar são: a família (se você tiver uma abençoada e unida como a minha, claro) e poucos amigos que você vai contar com os dedos da mão. 
O restante você descobre que não são amigos. Apenas dividem o mesmo ambiente ou coisa parecida. E que algumas pessoas realmente não sabem olhar em volta. E que discurso bonito quando você tá bem não te acresce em nada. Enfim. Viva quem te ama e te ampara. Abstraia o resto. 

***** A minha culpa em relação ao Pedro ainda não passou, mas diminuiu. Estou tentando trabalhar isso dentro de mim. Não é fácil. Há momentos em que a dor de deixá-lo de lado tão pequeno, tão indefeso me consome. E eu choro. Amargamente e compulsivamente. 
Espero um dia abrandar essa culpa. Que agora já é dobrada. Sim, porque pra fazer um dormir, tenho que deixar o outro. Pra banhar um, o outro tem que ir pro carrinho. E há choro. Há necessidade não suprida. Há culpa. Há dor. De todos os lados. Se é exagero? Talvez. Mas hoje é assim que sinto. 

****** Tenho lido algumas teorias sobre maternidade. Vale um post só pra isso. 

E assim vamos indo. Todo dia igual. Todo dia diferente. Como deve ser! 

2 comentários:

  1. Tati, sinta-se abraçada. Esse início é mesmo turbulento, mas entoa o mantra: vai passar, vai passar, vai passar... Parece que não vai, mas vai!
    Daqui a pouco Helena vai interagir mais com PL e ele vai se sentir! Quando ela morrer de rir pra ele, ele vai se sentir o irmão mais amado e especial do mundo!
    Beijos em todos. Fiquem em paz.

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  2. Ai amiga... Vai passar... Tudo na vida passa... Os momentos dificeis e os felizes...
    Daqui a pouco tudo se encaixa... E a familia linda que voce formou só vai trazer felicidade!

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