quinta-feira, 25 de julho de 2013

"Adultização" dos nossos filhos: Aqui, não!!!!

Que nós vivemos num mundo insano e competitivo todo mundo sabe. Temos que ter o maior salário, o melhor emprego, a casa mais legal, o AP mais bem decorado, o cabelo mais liso, as roupas mais bem alinhadas, o marido mais gato, a alimentação mais saudável, o Iphone mais novo, e claro, nessa linha, nossos filhos devem ser os mais inteligentes e precoces da face da terra. Sim, porque qual mãe quer ter um bebê "atrasado", não é? Queremos bebês que crescem na velocidade da luz. Que com 4 anos pedem a chave de casa e com 7 vão morar sozinhos e de preferência, aprovados em Harvard. 
Pausa. Stop. E como diriam os saudosistas, vamos rebobinar essa fita.
Eu, Tatiane, mãe do Pedro, nado na contramão dessa corrente. 
Detesto, abomino que tentem adultizar meu filho. E aos pais que fazem isso, só posso dizer que lamento. É uma pena acelerar o que deve acontecer no tempo certo. E eu acredito que tudo o que nossos filhos aprendem ou tomam gosto é porque nós, os responsáveis por ele, permitimos. Não acredito que os "bebês de hoje já nascem espertos". Balela. 
Por exemplo, Pedro Lucas foi um bebê que ficou deitado no colo até se firmar o bastante pra ficar de pé. Só mesmo ficava de pé, apoiado em meu peito pra arrotar e voltava pra posição de bebê, enrolado no charutinho de manta. Nunca reclamou. Certa vez, uma mulher me reclamou que a bebê dela, de umas 3 semanas, não "gostava" de ficar deitada. Quando eu observei com calma, vi que toda a família a pegava em pé. A garota acostumou. Mas daí a dizer que ela prefere, por conta própria, é outra história. 
E os exemplos não param por aí. Uma avó de outra menininha, uns 2 meses mais nova que meu filho veio toda orgulhosa me mostrar a neta e dizer que ela já tinha saído das fraldas. E que a menina escolhia a roupa que ia vestir todos os dias. A menina viu minha boca com batom, passou o dedo e levou na boca dela. E me mostrou os pequenos dedinhos pintados de rosa. -"Ah, é muito vaidosa" - Disse a avó. 
Eu ri, achei bonitinha, e talz...mas fiquei penalizada. Ainda é um bebê e está se portando feito uma adolescente. 
Por aqui, PL usa fraldas e vai usar até estar pronto pra tirá-las. Não tenho pressa. Se a comunicação verbal dele continuar nesse ritmo crescente que está, ensaiamos um desfralde quando chegar o verão. Sem pressa. No tempo dele. E roupas aqui, ele só escolhe mesmo é a fantasia de índio pelado. Sai do banho todos os dias e quer virar índio, correndo pelado pela casa. De resto, ele nem liga. 
E assim vamos indo. Meu filho, com quase 2 anos, não sabe o que é dinheiro. Não ensinei. Acho feio esse negócio de "Pede Real, neném". No tempo dele, saberá. 
Não é questão de bolha, que aliás, sou completamente contra criar criança dentro da bolha de um mundo perfeito. Acho que proteção em demasia não é saudável. É puramente uma questão de não participar da corrida do filho mais precoce. Eu prefiro deixar que ele cresça no tempo dele. Andou de fato e efeito, aos 14 meses. E eu escutei tanta groselha! Que fulaninho andou com 8 meses, que ciclaninho andou na festa do primeiro aniversário, e blábláblá, deixei de prestar atenção. E fora que né, ele não engatinhava, rastejava de bundinha no chão. E isso era a morte pra algumas mães. Cheguei a ouvir aqui no play do condomínio que depois que ele crescesse, ia regredir e querer engatinhar.  Enfim. Nunca treinei tanto fazer a egípcia, como depois que virei mãe. 
E por aí, como você lida com a "adultização" de nossas crianças? 

4 comentários:

  1. Concordo com vc em genero numero e grau.. Tudo ao seu tempo.. Deve ser por causa da adultizaçao que temos tantas mães de 12 anos e assaltantes de 10.

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  2. É isso aí amiga. Aqui tbem não tem essa: a Luisa tem 2 anos e ela age como tal e a incentivamos a agir feito criança, com brincadeiras de criança. Ela tbém não escolhe roupa, não escolhe sapato, não escolhe batom, não escolhe sutiã e nem calcinha. Ela veste roupa e sapato de criança. Acho horrível pais que incentivam esse tipo de comportamento. No fundo, acho que nós duas somos mães normais e a moda antiga tentando tentando criar os filhos num mundo 'moderninho' demais. bjo
    Raquel
    www.eudonadecasa.com.br

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  3. Amiga, sabe que concordo com tudo que voce falou?
    Esse negocio de deixar a criança escolher a roupa e ficar orgulhoso disso... sei não... que orgulho é esse? A criança fazer pirraça porque quer colocar um vestido caro que seria de festa pra ficar em casa por exemplo? Minha sobrinha, a Mel é assim, super vaidosa também, adora um batom, um esmalte, e todo mundo acha lindo, eu não concordo muito com isso não!
    Eu sempre falei que caso tivesse uma filha, não ia colocar calças Jeans nela, ia vesti-la com vestidinhos rodados até os 7 anos pelo menos, porque pra mim, criança tem que parecer criança e não adultos em miniatura... (exceto alguns raros casos)
    Quanto a idade que o PL andou, super natural!
    14 meses... idade ótima, pra que antes disso?
    Enfim, esse mundo as vezes perde mesmo a noção das coisas...
    Só não entendi a expressão "Me fazer de egipcia"
    hahahhahaah

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  4. post maravilhoso!!! cada criança é única em deve ser tratada como tal. Sorte do seu filho ter uma mãe como você.
    As mães são competitivas, logo lembro daqueles concursos de beleza, com aquelas mães monstruosas e frustradas depositando a felicidade delas na vaidade das filhas (q na verdade, é delas).


    Beijossssssss
    ┌──»ʍi૮ђα ツ

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