sexta-feira, 9 de agosto de 2013

“Terrible Twos” batendo forte por aqui...

Se alguém souber onde se encontra, favor me devolver o bebê dócil e meigo que eu sempre tive. Mas o faça rápido, por favor. Estou enlouquecendo.
Estudos dão conta que entre 18 e 36 meses os bebês vivem uma espécie de "adolescência", chamada de "terrible twos". Eu nunca dei bola e acreditava na coisa da educação. Carinho, limites, atenção, isso bastaria pra ter um bebê livre de rebeldia precoce. Ahãm. Senta lá. Assim como os saltos de desenvolvimento (passamos por todos eles, claramente), a fase da rebeldia chegou por aqui.
Pedro Lucas virou o garoto NÃO. Tarefas simples viraram hercúleas. 
- Trocar a fralda? Não. Choro, tentativas de fuga, grito e tempo perdido.
- Trocar de roupa? Não quer tirar nem sob tortura. A roupa "aninha" (leia-se "é minha"). Não quer tirar. Nem trocar. Já ficou de pijama a manhã toda porque eu desisti da guerra.
- Comer? Para os fracos. Brincar com a comida é mais legal. Jogar no chão é muuuuito mais divertido. Descobriu que pode comer sozinho, que não gosta mais do cadeirão e que pode fazer greve de fome. Contra esse último item, eu não estou dando moleza, pois não tolero criança que não come. Diminui os lanches fora das refeições. Ou almoça direito, ou fica sem sobremesa. 
- Dormir é outra tarefa que está chata e demorada. Pula na cama, joga os travesseiros pra cima, levanta o lençol, mexe no quadro acima da cama, rola, enrola, e a operação "nana nenê" nunca é menor que uma hora. 
- Banho então, misericórdia. Porque junta a coisa de tirar a roupa, a fralda e tal, com entrar no chuveiro, ficar de baixo d'água, lavar o cabelo com shampoo, comer o sabonete, enfim. O curioso é que, depois da coisa engrenada, o choro recomeça porque ele não quer sair. Vai entender. 
- Ir à igreja agora é um ato de MUITA fé. Sim. Porque ele vai causar durante todo o tempo. Correr, tentar subir no altar, se jogar no tapete, vai querer chamar atenção. Nos dias em que eu tenho alguma participação no culto, dá vontade de chorar. Descobri o verdadeiro sentido do dito popular "um olho no peixe, outro no gato". 
E a coisa não para por aí. Tudo, absolutamente tudo é motivo pra choro. Pra se jogar no chão. Contra essa palhaçada de se jogar no chão, também desenvolvi uma técnica. Ignorar. Quando percebe que não teve ibope, ele para. Pelo menos isso. 
E não tem sido fácil. Há dias em que ele acorda trabalhado na fofurice. Outros na macaquice. Já perdi a paciência. Isso me irrita. 
Quero acreditar que seja fase, porque de uma coisa eu sei. Eu dei, e dou, educação. Sempre coloquei limites. E os mimos nunca ultrapassaram o limite do bom senso. Então, só posso esperar que seja mesmo uma coisa do desenvolvimento dele, que logo vai passar. 

Um comentário:

  1. Que dureza, amiga. Acho que a criança deve passar por uma fase difícil nessa idade, afinal eles estão descobrindo sua independência, mas ao mesmo tempo dependem da gente para fazer muita coisa. O jeito é ter paciência e tentar contornar as situações. Aqui em casa tbém não tem moleza. Se apronta, a Luisa fica sabendo das consequencias. Claro, tudo dentro do limite. Acho que vc tá no caminho certo. Impor limites, educar, ensinar o que é certo e o que é errado. isso tbém é amor.
    Ah, deixei uma tag no blog para vc responder. Se quiser participar fique a vontade. bjo
    Raquel
    www.eudonadecasa.com.br

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