domingo, 13 de julho de 2008

Metrô

Num vai e vem constante ele passa. Leva pessoas de um canto a outro. Encurtando distâncias com incrível velocidade. Benefício das metrópoles para a massa que todos os dias se locomove pela cidade. Grande e eficiente Metrô.
Paro e observo, vejo mais do que isso. Rostos anônimos de fato, mas cada um com uma trajetória, com um desejo, uma dor, ou uma alegria.
Ao lado vejo a moça que solitária e vaidosa não para de olhar para si mesma através de um pequeno espelho. O que será que tanto busca? Talvez suas verdades, quem sabe?
Mais a frente um casal. Pouca conversa, muitas malas, expressão de cansaço e nenhum traço de alegria.
Em outro canto vejo um grupo animado que ri sem se importar em fazer barulho. Trajam roupas diferentes. Não se pode negar que eles pertencem a uma tribo com estilo muito próprio.
Para onde olhar vejo misturas: branco, negro, paulista, nordestino, novo, velho, bonito, f eio, triste, feliz, cansado, esperançoso. Cada qual com sua história única e verdadeira, que ocupa um pequeno espaço no grande trem apenas de passagem. Vidas que invadem um cenário por duas ou três estações e depois se vão para dar lugar à outra história. Não menos importante, nem menos anônima. Apenas mais uma a ocupar os bancos do metrô.

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