domingo, 27 de julho de 2008

Tempo

Cruel e implacável. Decidido e determinante. Assim ele é. Senhor de tudo alimenta paixões, mas também as destrói. Mata de saudade, mas serve de mercúrio-cromo amenizando as dores e fechando feridas. Sempre em frente, nunca volta atrás nem se arrepende.
Marcha todos os dias rumo ao novo, ao desconhecido, rumo ao futuro. Leva para longe as lembranças da infância, oferece um tom amarelado para as nossas melhores recordações, por mais que tentemos evitar.
Há quem tente de tudo para vence-lo, ciência, auto-ajuda, medicina, indústria química, mas é tudo em vão. Parar esta força não compete a nós meros mortais temerosos.
O que será isso que passa sem ser percebido e deixa marcas em rostos e corações?
Não conseguimos detê-lo, nem retarda-lo, apenas viver da melhor forma possível.
Do que falo? Ora, senão é ele, o tempo. Tempo que vai, mas nunca volta.
Força que todos os dias escapa entre as mãos, tempo que me fez aprender que bom mesmo ( com a licença do poeta ), é que seja eterno enquanto dure.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Vamos lá, comente! Trocar ideias não custa nada!