terça-feira, 6 de agosto de 2013

Quando o que eu mais queria...

...Era provar pra todo mundo, que eu não precisava provar nada pra ninguém.

Com esse trecho da velha canção, Renato Russo talvez tenha descrito grande parte do momento em que estou vivendo. 
Se tem uma coisa que eu abomino, essa coisa é pensar que meu nome é assunto na boca do povo. Não sei lidar com isso. Sempre procurei manter minha privacidade em muitos casos pra não ver que o assunto do momento era eu. 
E a notícia de uma gravidez, inevitavelmente te coloca no olho do furacão. Fato. E gravidez, quando se tem um bebê que ainda vai fazer 2 anos, mais bafo ainda. Comentários e palpites brotam do nada. Todo mundo tem algo pra dizer. Ou um conselho pra dar. Coisa que eu também abomino. 
Então eu me fechei. Descoberta a gravidez, passei a agir feito menina de 15 anos que precisa esconder a gravidez dos pais. Roupas discretas que não marcassem a barriga, ainda que a barriga nem existisse. E assim foi por semanas. Começou um sonha-sonha na igreja. Fulana sonhou que você tava grávida. Beltrana sonhou que você tinha um bebê novo. Olhando com os olhos da fé, era como se Deus dissesse: "Não tenha vergonha do que EU te dei".
Mas o processo de aceitação foi e ainda é um caminho a se seguir. Deixar de me importar com os comentários alheios, saber levantar a cabeça e deixar pra lá, afinal, quem vai parir sou eu, quem vai ficar sem dormir por uns 5 anos seguidos (somados os que já fiquei com Pedro), sou eu.
Então agora, com 12 semanas completas, um ultrassom morfológico e uma certeza de que está tudo bem e saudável, comecei deixar a notícia vazar. Domingo pela primeira vez usei um vestido que evidenciava a barriga que começa a aparecer. 
E as coisas vão acontecendo naturalmente. No Facebook, a rede onde estão os amigos mais próximos e familiares, ainda nem dei a notícia. Não achei disposição pra isso ainda.
Acho que a questão é exorcizar os fantasmas que moram dentro de mim, e não nas pessoas. Porque no fundo, o que importa mesmo é a minha família. É marido e filho estarem bem. É ver Pedro Lucas beijar a barriga da mamãe, ainda que ele não tenha a menor ideia de porque nós o ensinamos a fazer isso. 
Fora que né, linguarudinho como ele está, não demora pra começar a propagandear a gravidez da mamãe. Ele até o fez, mas não conseguiu se expressar direito. O tio dele conversava com ele e perguntou: "Cadê o barrigão do nenê?" Ele olha e não pensa duas vezes. Caminha até perto de mim e dá um tapinha na minha barriga: - "Ati ó!!!" 

2 comentários:

  1. Ah, Tati... eu acho que cada um tem um jeito de lidar com essa situação de 'nova' gravidez. Se fosse comigo, eu iria sair gritando aos quatro ventos, mas nem tudo o que é bom pra mim, pode ser bom pra vc. Acho bacana vc se reservar e quando se sentir a vontade gritar pro mundo seu novo bebê. Eu sou da seguinte opinião: bem ou mal, mas falem de mim. Já me incomodei muito com a opinião dos outros, mas isso não vale a pena... se você for se importar com tudo o que falam e pensam a seu respeito, vc não vive... as pessoas nunca vão deixar de falar... então, dentro dos seus limites, faça tudo o que tiver vontade... bjo
    raquel
    www.eudonadecasa.com.br

    ResponderExcluir
  2. Oi Ich,
    Olha, eu nunca gostei de alardear nada a meu respeito, nem é só no caso da gravidez. Prefiro ficar meio a margem da história! Aprendi a duras penas que muitas vezes o melhor é se preservar. Mas isso é outra história, rs...tudo a seu tempo, e vamos lá, logo não vai ser mais segredo pra ninguém! É o tipo de coisa que não se esconde! RS...
    Um beijo,
    Tati

    ResponderExcluir

Vamos lá, comente! Trocar ideias não custa nada!