segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Machado, sempre Machado

Hoje completa-se 100 anos de morte de Machado de Assis.
Joaquim Maria Machado de Assis, pobre, mulato, foi um típico brasileiro que venceu sozinho. Sem recursos e diante de uma enorme vontade de adquirir conhecimento, aprendeu sozinho línguas como Inglês e Francês, entendia de política ao ponto de criticar com propriedade o governo da época. Era uma figura ímpar, que criou textos e personagens belíssimos que nos transportam para um mundo incrivelmente atraente.
Nada que eu ou qualquer um de nós fale expressa o tamanho do talento deste homem. Fico imaginando o que se passou na sua cabeça enquanto escrevia Dom Casmurro e criava "traição"
de Capitu. Suponho que nem mesmo ele tenha decidido se a moça foi fiel ou não, deixando a cargo dos leitores a conclusão. Delicioso, interativo, genial...é tudo que falta nesta era de livrinhos de "auto-ajuda" que vivemos.
E sabe de uma coisa? Eu acredito cegamente na fidelidade da moça de olhos de ressaca.
E viva Machado hoje, amanhã e daqui mais 100 anos. Tomara que os netos de meus netos saibam quem foi esta figura.

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