quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Mitos e verdades da (minha) maternagem.

Encomendar um baby em tempos atuais é ser bombardeada com zilhões de informações. Mães e avós com seus conselhos do tempo do guaraná com rolha; amigas do trabalho; da faculdade; dezenas de blogues maternos seguindo diversas linhas (e se deglandiando com suas verdades absolutas); mais uma porção de sites que prometem ensinar tudo e ainda pediatras também detentores da verdade, enfim, não faltam opiniões pra mamãe de primeira viagem. O resultado disso é uma sopa de letrinhas em alemão. Confusão, compras desnecessárias, noites mal dormidas e claro, dúvidas.
Eu passei por isso também. E hoje, quase 13 meses depois que Pedrão veio ao mundo, já tenho muitas observações sobre a tal maternagem. Embarque comigo:


Parto normal: Eu quis, me informei, informe a médica, que respeitou, me preparou e tal. Fui para o hospital com contrações a cada 10 minutos em média, e uma dor constante que quase não podia colocar o pé no chão, com 40 semanas de gestação. Mas sem bolsa rompida e sem nenhum "dedinho" de dilatação. E bebê não estava encaixado. Mediante a isso, a médica que me atendeu no plantão disse que nem internar assim eu poderia. Que o parto normal poderia demorar mais de 24 horas. Na boa? Eu não peitei. Estava com muita dor, com muito medo e aquilo era só o começo? Eu saí de casa achando que a cria tava com a "cabeça pra fora" de tanta dor que sentia. E nem um centímetro dilatado? Eu frustrei muito, me achei fraca e tals. Mas logo depois esqueci de tudo, porque meu filho estava chegando. E daí que eu sonhei com o dia que minha bolsa estourasse? E daí que eu sonhei em ir para o hospital com o bebê já nascendo? Sonho é sonho, vida é vida. Nada de militância, nada de ser xiita. Só queria ter meu filho nos braços. 

A Cesárea: Tenho a sorte de contar com uma médica excelente, e portanto meu "parto" ou cirurgia, como queiram chamar, foi muito tranquilo. Recuperação idem. Não tive complicações, segui as recomendações e só me sobrou mesmo uma marquinha pequena, lá onde o biquíni cobre. E pronto. Sem mais delongas. 


Protetor de berço, o inimigo mortal : Eu li demais a respeito do perigo de sufocamento do bebê pelo protetor de berço. Ele se enrosca, machuca, sufoca e morre! Mesmo assim, eu comprei. E usei. E aprendi que não é tão ruim assim. Bebê nunca chegou perto de se enroscar no protetor. Antes disso, quando ele começou a se remexer feito um doidinho, o protetor amorteceu alguns baques do bebê contra a grade do berço.

Cobrir o bebê: Vale o mesmo comentário acima. Eu sempre o cobri e nunca, nunquinha ele cobriu a cabeça e passou perto de sufocamento.

Termômetro de água para o banho: Eu nunca comprei. Até pensei no caso, mas desisti. E um dia, bebê ainda era RN eu pedi que marido preparasse o banho. E antes de colocar o bebê na água eu mergulhei a mão e de imediato disparei: - "Tá quente. Mistura um pouco de água fria." - Sei lá como, mas eu sabia. E marido perguntou se meus dedos haviam virado termômetro. 

Amamentação: Sempre defendi e quis muito. Amamentei até os 6 meses do bebê, mas entrei com complemento 1 vez ao dia quando ele tinha 2 meses. Sofri na ocasião do complemento, sofri no desmame. Mas superei. Mesmo assim, filhote sempre foi forte e saudável. Posso não ter amamentado até os 15 anos da criança, mas sim, eu tenho um tourinho saudável. E isso me basta. E preciso ser realista. Amamentar não é fácil. Requer dedicação e desprendimento demais. Requer noites de sono, dias de vida, requer abrir mão de uma série de coisas. Eu curti, mas acabou. E foi como tinha que ser. 

Desenvolvimento do bebê:  Ta aí uma coisa que gera comentário, polêmica e chatice. Quando a criança chega todo mundo se acha no direito de te contar uma experiência, e meio de leve comparar o seu bebê com o dela. É o primeiro dentinho, o sentar, o falar, o engatinhar, o andar...baita coisa desagradável. Eu acredito piamente que cada criança tem seu momento. Nenhuma é igual. Se você deu feijoada para seu bebê com 4 meses, não significa que eu devo dar para o meu. Se o dentinho do seu bebê nasceu antes dos 5 meses, sorte (?) sua! Eu não gosto nem um pouco que fiquem comparando meu filho com nenhuma outra criança. Ele faz tudo quando estiver pronto pra fazer. E fim de papo. A comparação do momento é sobre o andar. Pedrão com 13 meses ainda não anda. E todo mundo quer adivinhar que "logo ele vai andar, tá todo durinho", ou "com quanto tempo ele andou? Ah, ainda não anda?..." Gente, VAI CATAR COQUINHO NA DESCIDA. 

Cama compartilhada: No início eu achei necessário. Depois de umas 3 noites já em casa, sem dormir, com bebê acordado, mamando ou chorando a noite inteira, eu me rendi. Cama compartilhada. E dormi de novo. Quanto prazer. E assim permitimos, marido e eu, que bebê ficasse na cama conosco. Aos poucos fui introduzindo o berço. Sem traumas. Pra ele. Porque pra nós, vários traumas. Pedro Lucas é folgado e espaçoso. Bate, chuta, mexe e remexe a noite toda. Conforme foi crescendo a coisa complicou. Se ele dorme conosco hoje, quem não dorme sou eu. Então, berço nele. Claro que em algumas situações (doentinho) é preciso ficar pertinho da mamãe, e eu até prefiro. E em outras, ele declara que simplesmente não quer ficar sozinho no quarto dele. Chora e fica de pé no berço. Berra. Berra mais. E eu me rendo. 

Eu podia ficar aqui discursando sobre tanta coisa, mas tanta coisa....só que vai ficar um texto enorme. 
Então...sintetizando só pra não esquecer: 

Chupeta: Bebê chupa sim. Acalma. Me ajuda. E assim que ele estiver mais maduro, tiramos. Nunca atrapalhou amamentação nem alimentação. 

Sapatos: Eita...Eu acredito que bebês não precisam de sapatos. Agora, com um aninho completo e quase andante, é que Pedro está usando os primeiros sapatos. Quando era cotoco, vivia de meias. (E mamãe era criticada, claro). Ainda hoje, se estiver calor ele fica descalço. Acho que dá maior firmeza pra ficar de pé e arriscar os primeiros passinhos. 

TV: Filhote assiste desde pequeno. Pra entreter mesmo, enquanto eu preciso realizar alguma tarefa. Sozinha com a criança o dia todo é impossível não apelar para a TV. Eu só controlo o que ele assiste, claro. alguns canais infantis eu risquei da nossa programação. Invisto em DVDs, amo Palavra Cantada. Pedrão gosta também. Mas ama mesmo é Patati e Patatá. E contrariando o movimento, ele não liga a mínima para a tal Galinha Pintadinha. Despreza mesmo. 

Já ficou enorme...e eu vou ficar por aqui, senão não paro de falar. 

3 comentários:

  1. oi!!
    Conheci seu blog hoje, nas minhas andanças por essa blogosfera..rsrsrs
    Adorei seu blog, e temos uma coisa em comum: Um filho chamado Pedro Lucas... nisso vamos concordar, é o nome mais lindo desse mundo...hahahaha..
    Se quiser nos conhecer, passa lá no meu cantinho, http://maisumanovamamae.blogspot.com.br/
    Bjs! Bom feriado/fds!

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  2. Tati, tem um livro chamado Eu era uma ótima mãe até ter filhos. E eu acho que é bem por aí... A teoria é linda, ajuda muito, mas é o dia a dia que vai definir o que é bom ou ruim pra gente e pro bebê.
    Beijocas!

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  3. Oi Ester, prazer recebê-la por aqui!! Que lindo, temos filhos com mesmo nome!

    Dany, acho que a maternidade é um ruir diário de teorias lindas. Sabe, quando estou no olho do furacão me pego lembrando de todas as minhas teorias e convicções, e vejo que não tenho controle sobre tudo.Eu sofro com isso...mas é assim...!

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